Palmeiras foi gigante na Bombonera. Do time ao resultado
Alexandre Praetzel
O Palmeiras volta de Buenos Aires com uma vitória espetacular sobre o Boca Juniors, em La Bombonera. Ontem, aqui mesmo no blog, escrevi que o jogo poderia ser um ''divisor de águas'' para o time e acho que pode ser mesmo, depois da conquista dos três pontos e a classificação antecipada para as oitavas-de-final da Libertadores da América.
O Palmeiras competiu bastante, dividiu todas as jogadas e teve uma postura digna de um confronto deste tamanho. Já trabalhei quatro vezes na Bombonera. A pressão é enorme, desde a chegada ao estádio até o desenrolar do jogo. Ganhar por 2 a 0 e da maneira que foi, é digno de elogios e de uma cobrança positiva, a partir de agora.
Os palmeirenses reclamavam de uma certa indolência e desânimo dentro de campo, algo visto após a perda do Paulista. Ontem, os jogadores deram a resposta com atitude e bola, porque o Palmeiras jogou futebol e atacou o Boca na sua casa. Óbvio que sofreu e poderia ter levado um ou dois gols, se não fosse Jaílson. Mas isso faz parte do jogo. Do outro lado, estava o virtual campeão argentino e a melhor equipe do país. Mais do que a vitória, o Palmeiras deixou o Boca sob pressão, correndo riscos de eliminação na primeira fase.
Não sei se o Palmeiras ganhará algum título em 2018, mas o elenco precisa justificar tamanho, nome e qualidade em partidas assim. Nos jogos grandes, surgem as provas de que é possível encarar qualquer adversário. E o Palmeiras deu um recado. Resta saber se manterá esse ritmo e pegada para o que vem pela frente. A maratona é grande, cheia de duelos importantes.
Cabe ao elenco e ao técnico Roger Machado. Ontem, todos foram muito bem, do goleiro à última substituição. Lucas Lima fez o que se espera, participando, se aproximando da área e marcando um gol de qualidade técnica. Até Hyoran apareceu, sem sentir o jogo. Resultado e postura indiscutíveis de um time que estava merecendo as críticas e que pode manter esse padrão e ainda entregar mais ao seu torcedor.