São Paulo já desvalorizou Diego Souza. Jogador também precisa se ajudar
Alexandre Praetzel
O São Paulo gastou R$ 10 milhões para contratar Diego Souza, considerando o jogador um grande reforço para 2018. Ele recebeu a camisa 9 e chegou ao Morumbi com status de convocável para a Copa do Mundo, após atuar pelo Sport, com gols importantes e chamados do técnico Tite. Quatro meses depois, Diego Souza já é negociável. Perdeu espaço entre os titulares e viu o técnico Diego Aguirre dizer, após o empate contra o Ceará: ''Conto com Diego Souza, mas ele tem ofertas. Será decidido dentro do clube. Ele é importante, mas depende da postura dele também''.
Aguirre foi apresentado no dia 12 de março. Quarenta e um dias depois, o treinador já não conta com Diego Souza. Já o deixou fora de uma partida por opção. Num curto prazo, Aguirre concluiu que Diego não serve. Ou quando negociava, já o avisaram que Diego Souza estava mal? Mas o que fazer para recuperar o investimento? A contratação foi uma convicção de Raí e cia, em dezembro. O blog lista a má administração do assunto e os erros cometidos, abaixo.
– Dorival Jr. não pediu a contratação de Diego Souza. Foi um nome contratado pelo clube. O treinador queria escalá-lo como meia, vindo detrás;
– Diego Souza foi trazido como centroavante, porque se vendeu a ideia de que ele poderia ir para a Copa do Mundo, como jogador de área. Chegou fora de forma;
– Aguirre já decretou que Diego Souza perdeu espaço no grupo. Assim, o São Paulo dificilmente vai recuperar o dinheiro investido na sua contratação;
– Diego Souza não se ajuda. Há quem diga que não interage com os companheiros, não treina com tanta disposição e mostra-se desanimado.
Agora, emprestá-lo para qualquer clube e ainda pagar boa parte do salário, mostrará que a diretoria do São Paulo está brincando com a gestão. O Vasco tentou, o São Paulo pediu o garoto Evander na troca. O Vasco não quis, num primeiro momento.
Neste instante, o papel do treinador não deveria ser a tentativa de recuperar o jogador, tecnicamente? O São Paulo era mais forte nas suas direções, recentemente. Parece que até isso perdeu, com decisões como essa.
Num futebol, onde os clubes brasileiros sofrem com a falta de dinheiro, diariamente, gastar R$ 10 milhões num jogador de 33 anos e desvalorizá-lo rapidamente, é valorizar a incompetência. De todos os lados.