Rogério Ceni é igual aos outros. Depende de resultados para se manter no SP
Alexandre Praetzel
Rogério Ceni é um dos maiores nomes da história do São Paulo e reverenciado por sócios, torcedores e dirigentes. Mas essa idolatria ganha recesso, quando os resultados não aparecem dentro de campo. Não é uma análise simplista. A cultura resultadista brasileira funciona assim e pode transformar grandes ídolos em simples seres mortais. E não será diferente com Rogério Ceni.
O dia-a-dia do treinador é visto como muito bom, com a busca pelo aprimoramento técnico e tático do elenco. As atuações recentes contra os Atléticos não foram ruins. No entanto, duas derrotas e o tricolor despencou na classificação, ficando um ponto à frente da zona de rebaixamento.
Qualquer presidente de clube brasileiro começa a Série A, olhando para a parte de baixo da tabela. O principal sempre é estar longe da 17ª colocação e próximo dos 45 pontos, para depois relaxar nos gabinetes. O São Paulo já viveu situação parecida em 2013 e não hesitou em demitir Paulo Autuori, com dois meses de retorno ao Morumbi.
Eu acho que não tem que mudar, mas as informações vindas de bastidores, indicam que nem Rogério Ceni vai aguentar, se o São Paulo entrar no Z4, após a rodada de domingo. O jogo diante do Fluminense virou uma decisão para Ceni. Mesmo que o planejamento da direção seja péssimo e o São Paulo mude a fotografia em meio ao campeonato, pela segunda vez consecutiva. Isso é debate para nós.
Leco não pensará duas vezes em demitir Ceni, para tentar salvar a gestão. Afinal, o São Paulo nunca caiu, mas já viu outros caírem, com o mesmo discurso. Rogério Ceni está na berlinda, definitivamente.