Vale a pena repatriar jogadores que foram vencedores na primeira passagem?
Alexandre Praetzel
O Corinthians repatriou Jadson, um ano depois da saída para o futebol chinês. Com dois anos de contrato e aprovado pela torcida, Jadson retorna para ser o principal jogador do time. Os corintianos esperam que o meia tenha o mesmo desempenho de 2015, quando foi um dos destaques da equipe, na conquista do título brasileiro. Será que vale a tentativa? O blog lista abaixo situações que deram certo e outras não. Acompanhe.
Robinho – Santos. 2010 e 2014/15
Deu muito certo. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil e depois repetiu o título estadual, no segundo retorno. Talvez o exemplo mais positivo de uma repatriação num time brasileiro.
Kaká – São Paulo. 2014
Foi bem, apesar de ter ficado apenas cinco meses. Elogiado pelo técnico Muricy Ramalho e companheiros, Kaká ajudou bastante no vice-campeonato brasileiro e na conquista da vaga para a Libertadores da América, em 2015. Fez 24 jogos e três gols.
Valdívia – Palmeiras. 2010
Não foi bem na segunda passagem. Em cinco anos, ganhou a Copa do Brasil, mas sucumbiu com o time, no rebaixamento para a Série B, em 2012. Tinha admiração de muitos torcedores, mas as constantes lesões e demoras nas recuperações, minaram a confiança dos palmeirenses. Em 2015, saiu de graça, sem deixar saudades, após 148 jogos e 17 gols.
Alex – Inter. 2013
Foi tricampeão gaúcho, quando voltou para o Inter, mas terminou com a trajetória manchada, depois de muitos altos e baixos, em 2015 e 2016, culminando com inédito rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro. Foi liberado pela diretoria e saiu com a imagem arranhada.
Elias – Corinthians. 2014
Participou do título brasileiro como titular absoluto, em 2015. Em 2014, não foi bem, repetindo a irregularidade em 2016, quando saiu para o Sporting. Fez 99 partidas e 17 gols.
Conca – Fluminense. 2014
Segunda passagem sem brilho. Alternou entre boas e más atuações. Veio da China por altos valores. Pelo custo-benefício, foi mal. Atuou em 62 partidas com 16 gols.
Lugano – São Paulo. 2016
Tem o nome gritado pela torcida, mas não contribuiu muito com o time, em 2016. Foi mais um líder de vestiário do que jogador de futebol. Voltou pelo currículo e história no clube. Em 2016, fez 26 jogos e dois gols.
Lucas Silva – Cruzeiro. 2017
Vendido para o Real Madrid por grandes valores, em 2015. Nunca se firmou e foi emprestado para o Olympique de Marselha. Disputou 33 jogos e agora retorna emprestado pelo Real ao Cruzeiro, por 18 meses. Voltou rapidamente. Tem apenas 23 anos.
São alguns exemplos de nomes com ótimos currículos e títulos conquistados, geralmente na primeira passagem pelos clubes. Nem sempre, estes jogadores serão os mesmos de antes, mas dirigentes, torcedores e parte da imprensa, acreditam que sim. Retornam mais velhos e resolvidos financeiramente. Uns assumem a identificação com time e instituição. Outros ficam apenas de passagem mesmo, vivendo das glórias e vitórias anteriores. A conferir quem dará certo novamente.