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Arquivo : Nenê

Nene engoliu Cueva e virou destaque do SP. O talento superou a idade
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Alexandre Praetzel

Em janeiro deste ano, quando houve a informação de que o São Paulo queria contratar Nene, achei uma temeridade. Dizia que o São Paulo precisava rejuvenescer mais o time, com jogadores mais competitivos e com outra atitude. No Vasco, parecia desmotivado e cansado, num grupo limitado.

Nene chegou, sem o pedido de Dorival Jr., e aos poucos, foi se consolidando na equipe. Melhorou a parte física e tecnicamente, seguiu com sua qualidade.

Dorival saiu e Aguirre assumiu o comando. Nene virou um dos líderes em campo e começou a jogar muita bola. Virou um bom assistente e autor de gols bonitos. Ganhou a admiração da torcida, quando provocou Fábio Carille, após o gol contra o Corinthians, na semifinal do Paulista. No Brasileiro, está em segundo lugar, quatro pontos atrás do Flamengo. O trio com ele, Everton e Diego Souza, é saudado pelos tricolores.

Aos 36 anos, não sei se Nene vai aguentar o ritmo, mas já mostrou que é comprometido e muito importante para o São Paulo. Engoliu Cueva no elenco e virou referência e destaque.

Nene faz parte dos veteranos que ainda sobram no Brasil.  Como diz o meia Douglas, do Grêmio: “Vou continuar, porque tem muito jogador ruim atuando”.

Pode valer menos para Nene, mas ele tem sido melhor que a maioria. Vamos ver se ele consegue levar o São Paulo aos títulos, ausentes desde 2012.


Nenê não é solução, mas será titular fácil do meio-campo são-paulino
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Alexandre Praetzel

O São Paulo passou pelo Madureira com a vitória por 1 a 0, garantindo vaga na segunda fase da Copa do Brasil para pegar Manaus ou CSA-AL. O desempenho foi apenas razoável e o resultado foi muito melhor que a atuação da equipe. Diego Souza não conseguiu jogar, se movimentando pouco e facilitando a marcação. O meio-campo teve transição pequena e o São Paulo agiu mais pelas pontas, com pequena criação do setor. Shaylon tem qualidades com a perna esquerda, bate bem na bola e finaliza, mas é lento na armação de jogadas. Acho que não vai aguentar a sombra de Nenê.

Nenê não foi um pedido de Dorival Jr., mas será titular fácil da equipe. Próximo dos 37 anos, não tem a intensidade que o São Paulo precisa, mas compensa com habilidade e experiência. Ainda que eu não o veja como solução, está pronto para suportar a impaciência e o imediatismo da torcida tricolor. Tem lastro e será importante para ajudar a garotada talentosa do elenco. Shaylon ficará como alternativa.

Com Nenê e Tréllez integrados, o São Paulo pode formar com Jucilei, Petros e Nenê; Marcos Guilherme, Diego Souza e Brenner. Brenner foi muito bem mais uma vez e não merece deixar o time. Tréllez terá que esperar a vez. Esta formação é habilidosa e poderá dar posse de bola ao São Paulo. Do contrário, pode sofrer na recomposição defensiva e na velocidade dos adversários no setor.

O certo é que o São Paulo está longe de estar definido. Montou um grupo com “cascudos”, mesclando com a meninada. Precisa de paciência, mas não vejo isso por parte da galera. Se diretoria e comissão técnica tiverem convicção, pode dar certo a médio prazo.


Mercado do São Paulo é discutível. Nenê é solução?
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Alexandre Praetzel

O planejamento do São Paulo merece contestações nesta abertura da temporada. A diretoria já sabia que Hernanes iria embora, escondendo o fato da torcida. Gerou uma decepção sobre o melhor jogador do time, em 2017. Óbvio que dificilmente encontrará um substituto do mesmo nível no reduzido mercado brasileiro.

Agora, surge a possibilidade de contratar Nenê. Ele tem qualidades e fez boas atuações, mas foi rebaixado com o Vasco, em 2015. Em 2017, disputou 49 jogos, marcou 11 gols e foi importante na campanha que levou o Vasco à Libertadores da América. Aos 36 anos, será que ainda tem bola e condição física para comandar o meio-campo tricolor? Parece mais do “vai tu mesmo”, na ausência de opções.

No ataque, Dorival Jr. pediu Gabriel Barbosa, Geuvânio e Marinho. Pode receber Trellez e Carlos Eduardo. O colombiano apareceu com bons números no Vitória(23 jogos e dez gols), mas ninguém o conhecia. “Estourou” aos 28 anos, podemos dizer assim. No time baiano, jogavam para ele. No São Paulo, a situação é um pouco diferente.

Carlos Eduardo é investimento para o futuro. Tem 21 anos e mostrou qualidades no Goiás. Nos dois últimos anos, foi bem, com a equipe disputando a Série B do Brasileiro. Ele e Marcos Guilherme são bem parecidos.

O São Paulo só foi rápido nas questões de Anderson Martins e Diego Souza. Fechou com o zagueiro, assim que ele se desligou do Vasco. Trouxe Diego Souza para repor a saída de Pratto.

Claro que o grupo precisa de reforços. O problema é “atirar” para todos os lados. Parece, e muitas vezes o que parece é a verdade, que os dirigentes se perderam nos nomes e agora se sentem pressionados em dar uma resposta rápida aos torcedores. Se o time vai melhorar, é bom aguardar.


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