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Homenagem a Cléber Santana. Minha entrevista do último sábado.
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Alexandre Praetzel

Neste momento, publico a entrevista que fiz com Cléber Santana, no último sábado, antes da viagem da Chapecoense para São Paulo, onde enfrentou o Palmeiras, domingo. Minha homenagem ao jogador. Leia abaixo.

Chapecoense na final da Sul-Americana

“Fomos passando de fase e a confiança foi aumentando. Passamos do Cuiabá e depois vieram as fases seguintes. Dentro do Brasileiro, também fomos conseguindo os resultados e o nosso principal objetivo era a permanência na primeira divisão. Conseguimos e a Sul-Americana veio vindo, aumentando a confiança e fomos passando de fase. Hoje, chegamos à final. Um feito inédito, maravilhoso para o clube e para nós jogadores e para todo mundo da Chapecoense. Parabenizar a todos”.

Time pronto para ser campeão

“Sem dúvida. Estamos preparados. Não chegamos aqui por acaso. Chegamos por merecimento, capacidade, trabalho árduo, respeitando os adversários. Com muita humildade, conseguimos chegar à final e estamos preparados para sermos campeões. Se Deus permitir, tenho certeza que isso vai acontecer”.

Decisão fora de Chapecó

“A minha preferência e de todo o grupo era decidir em casa. Passamos todas as fases decidindo em casa e infelizmente na fase final, não vamos podemos jogar em casa. O Couto Pereira foi definido agora, é a nossa casa. Independentemente do local, estádio, se trata de uma final. Que a gente faça do Couto a nossa casa e possamos ser campeões”.

Reencontrou o futebol na Chapecoense

“Sem dúvida. Estou num momento maravilhoso. Encontrei um grupo e um clube espetacular. Todos me receberam de braços abertos, diretoria, comissão técnica, torcedores. Acho que isso é muito importante. Um clube que te dá todas as condições de trabalho, estrutura espetacular, onde o atleta só se preocupa em jogar futebol. Quando a gente encontra esse grupo assim, as coisas só tendem a acontecer positivamente. Estou muito feliz, num momento maravilhoso, muito bacana e espero seguir assim , dando sequência e poder ajudar os meus companheiros, sabendo que isso é recíproco. Estou muito feliz”.

Mudança de patamar para a Chapecoense

“Vejo a Chapecoense crescendo a todo o momento. Cada dia que passa, semana e mês, a Chapecoense cresce em todos os sentidos. Estrutura, campos de treinamentos, nosso estádio com uma condição muito boa. Nosso REFIS, parte de fisioterapia, profissionais espetaculares, fisiologia. Então assim, é um clube que te dá estrutura maravilhosa, além dos salários e premiações em dia. São muito corretos. Isso é muito bacana e vejo a Chapecoense crescendo a todo o momento. Acho que não é à toa que está chegando à final da Sul-Americana. Torço por isso e estarei acompanhando o crescimento da Chapecoense a cada momento”.

Confronto com o Palmeiras

“Um confronto de uma competição diferente da que jogamos quarta-feira. Agora, com o Palmeiras, um time que busca um título. Espero que a gente possa fazer um grande jogo, quem sabe sair de lá vencedor. O Palmeiras precisa de um empate para ser campeão e nós também temos nossos objetivos de chegar ao G6. Hoje, estamos com 52 pontos e espero que a gente possa conseguir isso dentro da Arena do Palmeiras. Do jeito que eles têm objetivos, nós também temos os nossos. Se Deus permitir e tudo correr bem, vamos em busca da vitória, neste domingo”.

Deixo meu registro e agradecimentos ao assessor de imprensa da Chapecoense, Cleberson Silva, sempre atencioso e prestativo em todos os contatos. Descansem em paz.


Maicon recupera futebol no Grêmio e nega favoritismo contra o Galo
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Alexandre Praetzel

A decisão da Copa do Brasil começa nesta quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Grêmio tenta terminar com um jejum de 15 anos sem títulos nacionais contra um Atlético-MG, que vem de conquistas importantes recentes, como a Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e a própria Copa do Brasil, em 2014. O blog conversou com o volante Maicon sobre a projeção para os dois jogos. Acompanhe.

Grêmio favorito por decidir em casa

“Não, não tem favoritismo. Serão dois grandes jogos, jogos difíceis, mas a gente está muito preparado para poder fazer dois grandes jogos e buscar o título. A gente sabe que é uma equipe muito qualificada, mas a gente tem que respeitar e jogar nosso futebol”.

Coletivamente o Grêmio é superior

“Não, não vejo. São dois jogos iguais, 50% para cada lado”.

Episódio da Carol Portaluppi incomodou

“Não, não incomodou. Isso fica à critério da diretoria. Eles já estão procurando resolver da melhor maneira. Nós temos que estar focados para poder jogar”.

Reencontrou o futebol no Grêmio, após passar pelo São Paulo

“Sou tranquilo. Acho que eu fiz grandes partidas no São Paulo. Fui campeão, joguei 160 jogos. Se eu não tivesse qualidade, não ia jogar nem cinco jogos. No Sul, estou feliz. Procuro fazer o meu melhor trabalho como sempre fiz por onde passei  e as coisas estão acontecendo naturalmente”.

Estilo do Renato dentro do vestiário

“Estilo tranquilo. Passa confiança para todos os jogadores e isso que é importante”.

Consegue extrair o máximo de cada jogador

“Com certeza. Ele jogou e sabe o que tirar de nós jogadores”.

Maicon saiu do São Paulo muito criticado, em 2015, e virou titular absoluto do Grêmio com Luiz Felipe Scolari, Roger Machado e Renato Portaluppi. Aos 31 anos, busca seu primeiro titulo nacional. A diretoria tricolor tem convicção de que a decisão será na Arena tricolor, dia 30, garantindo o efeito suspensivo obtido no STJD, após perda do mando de campo por invasão de Carol Portaluppi, filha de Renato, depois do jogo contra o Cruzeiro, na semifinal.


Marcelo Oliveira chegou a mais uma decisão. Competência ou sorte?
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Alexandre Praetzel

Marcelo Oliveira está na quinta final da Copa do Brasil, nos últimos seis anos. Chegou com o Coritiba, em 2011 e 2012, perdendo para Vasco e Palmeiras. Foi vice também pelo Cruzeiro, em 2014, na derrota para o Atlético-MG e levantou o caneco com o Palmeiras, em 2015, batendo o Santos. Agora, leva o Galo à decisão contra o Grêmio. Além disso, foi bi brasileiro com o Cruzeiro, em 2013 e 2014. Um currículo invejável, recentemente.

Mesmo assim, ainda é contestado. Leio colegas de Minas Gerais e torcedores atleticanos reclamando da falta de padrão tático do time, vencendo jogos na base da qualidade de alguns jogadores em detrimento do coletivo. Vi um filme igual no Palmeiras e fui muito crítico também. As equipes de Marcelo marcam gols, são ofensivas, mas sofrem defensivamente, porque não há equilíbrio e conjunto entre os setores. Os desempenhos mostram isso, mas o treinador está lá de novo, brigando por um título, dirão seus defensores e o próprio Marcelo.

Assim, deixo a pergunta no ar. Marcelo tem competência ou sorte por sempre estar trabalhando com bons atletas?

Provavelmente, cada vez que surgir esta questão, Marcelo dirá: “Fui bicampeão brasileiro consecutivo com o Cruzeiro e disputei cinco finais de Copa do Brasil, em seis anos”. Para os técnicos e grande parte das torcidas, isso basta. Ganha e chega em decisões. Para a imprensa, é preciso também deixar um legado e apresentar um trabalho consistente, porque senão sempre ficaremos no “ganhou, está bom. Perdeu, está ruim”.

Marcelo Oliveira terá emprego o resto da vida pelo seu currículo, no futebol brasileiro. Isso ninguém tira dele. Agora, é possível sim, debater e discutir porque ganha e porque perde.