Brasil já tem time titular para a Copa. Não vejo ninguém diferente surgindo
Alexandre Praetzel
A Seleção Brasileira fez 2 a 0 no Equador e manteve a ótima campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas, confirmando o primeiro lugar, desde que Tite assumiu o comando do time, em setembro de 2016. Um ano depois, o Brasil mostra um esquema de jogo consolidado e eficiente, com intensa movimentação e boa qualidade técnica. Claramente, não é uma equipe dependente de Neymar.
Mesmo que estejamos a dez meses do início da Copa do Mundo, entendo que o Brasil já tem os seus onze titulares definidos pelo treinador: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Marcelo; Casemiro, Renato Augusto, Paulinho; Philipe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar. A formação que vinha atuando com Tite. Willian começou no lugar de Coutinho, porque o jogador do Liverpool não estava treinando, esperando sua transferência para o Barcelona e alegando dores nas costas. No segundo tempo, Coutinho entrou e melhorou a performance brasileira.
Não vejo nenhum grande nome surgindo para que Tite pense em alguma mudança na formação principal, como Neymar e Ganso apareceram, em 2010, e Dunga preferiu não convocá-los. Entre os 23 mundialistas, certamente há dúvidas, mas quem começa a Copa já está na cabeça de Tite.
Reconheço que temi pela ausência do Brasil da Copa, pela primeira vez, quando a Seleção era dirigida por Dunga. Tite pegou o trabalho na sexta posição e carimba o simbólico título das Eliminatórias, três rodadas antes do final. Tite e comissão técnica merecem os cumprimentos e recolocam o Brasil no patamar das grandes seleções candidatas a ganharem o Mundial da Rússia, em 2018. O Brasil voltou a ser respeitado, depois dos 7 a 1. Fato consumado.