Venda de Rodrygo dá início à gestão de Peres. Sem desculpas e “coitadismo”
Alexandre Praetzel
Dia 15 de junho de 2018. O Santos anuncia a venda de 80% dos direitos econômicos de Rodrygo, ao Real Madrid da Espanha. Vai receber 40 milhões de euros pela sua parte. 20 milhões de euros serão à vista, direto no caixa santista. O clube espanhol pagará todos os impostos da negociação.
Assim, essa data marca o início da gestão de José Carlos Peres, como presidente do Santos. Ele foi eleito em dezembro de 2017, e assumiu em janeiro de 2018. Claro que estou sendo irônico, mas na prática, é isso mesmo. Se não, vejamos.
– Peres passou seis meses reclamando que o Santos não tinha dinheiro, atravessando um momento difícil. Agora, tem dinheiro em caixa e precisa utilizá-lo com inteligência.
– Reduziu despesas ao máximo e demitiu o diretor-executivo de futebol Gustavo Vieira, com dois meses de trabalho. Não fez a reposição e deixou o técnico Jair Ventura e atletas, expostos aos torcedores, sem nenhuma blindagem. Está na hora de arrumar o departamento de futebol.
– Voltou atrás nos jogos em São Paulo, atendendo um pedido dos jogadores pela Vila Belmiro. O estádio é deficitário e não impressiona mais nenhum adversário. A marca Santos segue diluída.
– Viveu às turras com o vice-presidente Orlando Rollo, tumultuando o ambiente político e gestor do clube. É necessário permanecer assim?
Sempre achei que Peres era o melhor candidato, por gostar das suas propostas e “promessas”. Ainda estou esperando ele ser um bom presidente. Parece bem intencionado, mas falta poder de decisão e arrojo para situações bem simples num grande clube. O discurso de “coitadismo” também afasta possíveis parceiros. É preciso olhar para a frente e agir.
Vamos ver, a partir de agora.