Valentim nega mágoa com Palmeiras e ainda acredita em vaga para o Red Bull
Alexandre Praetzel
Alberto Valentim vai reencontrar o Palmeiras, após três anos como auxiliar fixo da comissão técnica. O ex-jogador fez bons trabalhos no clube e sempre foi bem, quando assumiu o cargo de técnico como interino. Aos 41 anos, Alberto deixou o Verdão e aceitou o desafio de comandar o Red Bull Brasil, no seu primeiro trabalho como treinador principal. Em entrevista exclusiva ao blog, Alberto negou um acordo para assumir o Palmeiras com a saída de Cuca, projetou um confronto diferente contra seu ex-time e admitiu que a campanha do Red Bull está aquém do esperado. Leia abaixo.
Trabalho no Red Bull
“Estou vendo por dois lados. Estou gostando muito da forma que estamos trabalhando, jogadores se entregando, nos conhecendo mais, comprando a idéia do trabalho. Grupo muito profissional, querendo um bom campeonato. Por outro lado, não estamos conseguindo ganhar os pontos necessários. A campanha não está conforme nós pensamos, do que a gente imaginava, pela pré-temporada que fizemos e por aquilo que a gente tem jogado. Lembro que deixamos escapar duas vitórias contra Santo André e São Bento”.
Modelo de jogo
“Eu joguei num 4-3-3 e num 4-3-2-1, muito pelas características dos jogadores que eu tenho aqui. Tenho bom relacionamento com todos os atletas e sempre tive no Palmeiras, no Atlético-PR. Eu acho isso muito legal, acho isso bacana. Só consigo trabalhar deste jeito”.
Projeção no Paulista
“Nosso primeiro objetivo é classificar o time. Lógico que hoje existe um risco de rebaixamento. Queremos classificar o time e depois tem o mata-mata, que já surpreendeu muita gente em outras vezes. Não vejo o fato de dois jogos serem mais difíceis. Para mim, é igual. Acredito que com 15 a 17 pontos, a equipe consiga a vaga. São seis jogos e a gente precisa vencer quatro jogos. Vai depender muito das duas próximas rodadas”.
É um jogo diferente contra o Palmeiras, para você?
“Tenho um carinho muito grande pelo Palmeiras. Deixei muitos amigos como jogadores, funcionários, de comissão técnica. As pessoas na ruas sempre tiveram carinho por mim, quando saí. Será um prazer muito grande reencontrar as pessoas. Palmeiras e Atlético-PR, eu tenho um carinho muito grande e especial”.
Existia um acordo para assumir o Palmeiras, com a saída do Cuca?
“Não existiu isso. Não é verdade. Nunca foi conversado isso”.
Deixastes o Palmeiras porque achastes que serias o técnico?
“Já tinha decidido que 2016 seria meu último ano como auxiliar. Já vinha amadurecendo. Já tinha recebido a proposta do Red Bull. Tive uma conversa com a diretoria, muito transparente, que eu não queria ser mais auxiliar, a partir de janeiro de 2017. Sou muito realista. Existiam três nomes apontados na imprensa e eu estava entre eles, antes do Roger assumir o Atlético-MG. Entendo o clube. O Eduardo está um pouco na frente em relação a equipes que já comandou. Não teve problema nenhum. Não tive frustração, nem mágoa, foi um processo normal, tranquilo”.
Importância de um Executivo
“Executivos como Thiago Scuro e Alexandre Mattos, com a qualidade que eles têm, são primordias para qualquer clube. São muito importantes para treinadores, jogadores. Dão um suporte enorme. Aqui no Red Bull, nos dão tudo aquilo que podem dar. Thiago e Mattos são ótimos profissionais e fazem isso muito bem”.
O Red Bull é 14º colocado na classificação geral com cinco pontos. Os dois últimos são rebaixados para a Série A2. No grupo B, o time é o terceiro colocado, dois pontos atrás do Linense. Os dois primeiros se classificam para as quartas-de-final, faltando seis partidas.