Produtividade funciona bem no Palmeiras
Alexandre Praetzel
Os contratos de produtividade fizeram sucesso no Palmeiras. Durante quase toda a temporada, o clube conviveu com um ambiente competitivo e comprometido com metas e objetivos. A campanha vitoriosa no Brasileiro demonstra isso.
O Palmeiras teve mais vitórias, melhor ataque, melhor defesa e nenhum jogador expulso. Quem recebe cartão vermelho, sente no bolso. A disciplina imperou. O departamento médico esteve praticamente vazio, salvo algumas lesões de jogo. As dores musculares, tão rotineiras em anos anteriores, sumiram do vestiário.
Cuca conseguiu deixar o grupo focado, mesmo com vários nomes experientes e atuando pouco. Ainda assim, o Palmeiras nunca remunerou tão bem seus profissionais como neste ano. A ideia de Paulo Nobre, tão combatida no início de gestão, funcionou demais em 2016. Atletas entenderam que quanto mais estivessem à disposição, mais teriam chances de encorpar o salário, sem reclamações e picuinhas.
Claro que o modelo agrada e funciona bem, quando o time conquista títulos. Mas, num meio cada vez maior de jogadores acomodados em longos contratos, a produtividade se faz necessária, com o apoio e convicção da comissão técnica e dirigentes do futebol. O Palmeiras virou exemplo. O modelo seguirá com Maurício Galiotte.