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Um Grenal longe dos grandes clássicos. Inter foi um time pequeno
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Alexandre Praetzel

O Grenal 416 terminou em 0 a 0 porque o Grêmio não conseguiu furar o bloqueio o Inter. O jogo comprovou a superioridade técnica gremista com 75% de posse de bola contra um adversário que atuou os 94 minutos na defesa. André perdeu uma chance e Danilo Fernandes foi exigido apenas uma vez. O Grêmio ainda teve dois pênaltis que não foram marcados pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Um cometido por Fabiano em cima de Cortez e o outro de Patrick em Luan. Só o Grêmio jogou, mas tecnicamente, o Grenal deixou a desejar.

O Inter adotou a estratégia de não perder. Funcionou e somou um pontinho sobre seu maior rival. Agora, a mediocridade colorada chamou a atenção. O Inter atuou como time pequeno, de acordo com a mentalidade do seu treinador, e Renato teve razão ao cornetar. O Inter é muito grande para jogar assim, sempre buscando o empate e ficando satisfeito com isso. Em cinco jogos, marcou apenas duas vezes, na única vitória sobre o Bahia por 2 a 0, com dois gols de Nico López, que nem foi aproveitado no clássico. Num campeonato de pontos corridos, empatar muito deixa a equipe patinando na classificação. O objetivo inicial e, talvez o único, é permanecer na Série A. O que vier depois, é lucro.

Já o Grêmio vai brigar em cima, como esperado. Claro que deixou de ganhar quatro pontos em casa e isso pode fazer falta lá na frente, mas ainda tem time e elenco para reagir e buscar a pontuação, longe de Porto Alegre. O Grêmio é candidato ao título. Ao Inter, resta lutar para ficar na primeira divisão.


Grenal espelhou a gestão correta contra a mediocridade geral colorada
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Alexandre Praetzel

A segunda vitória consecutiva do Grêmio sobre o Inter, apenas espelhou a ampla vantagem técnica e de pensamento de futebol de um lado contra o outro. O Grêmio mudou sua forma de gestão com Romildo Bolzan Jr. e sempre olhou para frente, preparando o clube para voltar a ser vencedor, depois de 15 anos sem títulos nacionais e internacionais. Não ficou tocando flauta no rival, com a queda para a Série B. Trabalhou para transformar o Grêmio num time muito respeitado, dentro e fora de campo.

Óbvio que muitas contratações foram e são discutíveis como Cortez, Léo Moura, Cícero, Jael e Hernane. Mas encaixaram bem num vestiário com comando e sintonia entre comissão técnica e diretoria. Há paciência e não há extremismos diante de maus desempenhos ou resultados negativos. O Grêmio amadureceu com o sofrimento e agora atropela seu principal adversário. Será campeão gaúcho, depois de sete anos. A diferença entre um e outro nunca foi tão grande a curto prazo, também pela mediocridade geral colorada.

No Inter, a preocupação é com puro poder. Vários grupos políticos contaminando o Conselho Deliberativo e o clube. Não há união. O absolutismo de alguns dirigentes, maiores do que o próprio Inter, na visão deles, dilapidou tudo de bom que foi feito, a partir de 2003. O Inter começou em 1909, mas esses “colorados” acham que foi fundado na década de 2000. As consequências invadem o vestiário. Clube sem dinheiro, direção fraca, contratações com poucos critérios e um discurso derrotista, que desanima até um bom jogador como D’Alessandro. Não olharam para a frente. Viveram a sequência de títulos, como se isso fosse durar para sempre. Muita soberba e arrogância.

O Grenal desta quarta-feira colocará frente a frente, novamente, um time de futebol contra uma instituição entregue. Pelo menos, nas suas atitudes. Trabalhei em todos os Grenais de 1995 a 2007. Os melhores sempre venceram, na maioria dos clássicos. Mas os piores sempre deixavam alguma coisa em campo, mesmo que perdessem. Hoje, isso não acontece. Pela grandeza do Grêmio e pela postura pequena do Inter.


Grenal quente. A melhor qualidade gremista contra a superação colorada
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Alexandre Praetzel

Inter e Grêmio voltarão a se enfrentar um ano depois, neste domingo, pelo campeonato gaúcho, no Beira-Rio. O Grenal 413 marcará a estreia de Odair Hellmann como técnico efetivo do Inter. Em 2017, houve apenas um clássico, com empate em 2 a 2. O Inter estava na Série B do Brasileiro e o Grêmio não chegou à decisão do Estadual. Agora, o Grêmio visita o rival como campeão da Libertadores da América pela terceira vez, e Recopa Sul-Americana, pela segunda vez. Tem um time mais encorpado e melhores jogadores. O Inter busca uma forma de jogar e tenta retomar a confiança, após uma temporada cheia de interrogações.

O Inter é líder com 18 pontos, mas não teve nenhuma atuação de destaque. O Grêmio começou com o grupo de transição e parou na zona de rebaixamento. Os titulares tiveram o retorno antecipado e colocaram o tricolor na oitava posição. Se o Inter vencer o Grêmio e o Juventude derrotar o Veranópolis, o Grêmio estará eliminado. Por isso, o Grenal esquentou.

O blog fez sua comparação, jogador por jogador, e traz sua avaliação abaixo.

Marcelo Lomba  X  Marcelo Grohe

Dudu  X  Léo Moura

Klaus  X  Geromel

Cuesta  X  Kannemann

Iago  X  Cortez

Rodrigo Dourado  X  Jaílson

Edenílson  X  Maicon

Patrick  X  Ramiro

D’Alessandro  X  Luan

Nico López  X  Everton

Roger  X  Cícero

Odair Hellmann  X  Renato Portaluppi

10×2 Grêmio, no conceito do blog.

De 1995 a 2007, trabalhei em todos os Grenais. Já vi um time ser vencedor, mesmo em pior momento do que o rival. Agora, na grande maioria dos clássicos, ganhou o melhor. Hoje, o Grêmio é superior. O Inter terá que se superar. O blog aposta num empate em 1 a 1.

 

 


Zago admite ansiedade pelo Grenal e vê Série B como prioridade
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Alexandre Praetzel

O Grenal é um jogo que vale muito mais do que apenas uma vitória. O pré e o pós jogo determinam mudanças ou projetam avanços, dependendo do resultado e das circunstâncias do clássico. Quem ganha, pode arrumar a casa e ter tranquilidade para outras competições. Quem perde, pode entrar em crise e gerar questionamentos internos e externos. Antonio Carlos Zago, técnico do Inter, terá o seu primeiro Grenal. Comanda o Inter, depois do rebaixamento para a Série B do Brasileiro, contra o Grêmio, atual campeão da Copa do Brasil. Em entrevista exclusiva ao blog, Zago admitiu a ansiedade e a importância de passar bem por um dos confrontos de maior rivalidade no futebol mundial. Acompanhem.

Primeiro Grenal como técnico

“Sempre ouvi falar da grande rivalidade no Grenal e no Rs e acabei presenciando isso, trabalhando quase dois anos no Juventude. Agora, terei a oportunidade do meu primeiro Grenal como técnico e estou um pouco ansioso. Sei da importância de ganhar um jogo como esse, até pelo momento do Inter. É um dos clássicos mais importantes que eu vou disputar na minha carreira”.

Grêmio é favorito?

“Se você analisar que o Grêmio ganhou a Copa do Brasil e o Inter foi rebaixado, pode até ser. Mas pelos últimos jogos, a gente vem melhorando e esperamos fazer um duelo de igual para igual. O Grêmio tem uma equipe formada há quase dois anos. Nós estamos em formação. O entrosamento não é o ideal, mas num jogo importante como esse, tudo pode acontecer”.

D’Alessandro

“Não treinou ainda. Vou conversar com ele e ver com os médicos. Num jogo como esse, a gente não pode errar. Temos que ter em campo, todos os jogadores nas suas melhores condições”.

Estratégia

“Desde que eu cheguei nós procuramos uma maneira de jogar. Estamos buscando um esquema ideal, olhando as caraterísticas dos jogadores. Uma equipe que pretende manter a posse de bola mais agressiva, verticalizando um pouco mais. Quando joga com equipes pequenas, tem que propor o jogo. Agora, é contra um grande que propõe mais. De fato, isso pode apresentar mais facilidades. Em cima disso que a gente que vai trabalhar no jogo contra o Grêmio”.

Prioridade é a Série B?

“Lógico que a prioridade é a Série B. Se você perguntar para um grande time, a prioridade é a Série A. Hoje estou treinando o Inter e sempre buscamos títulos. Nas outras competições, não pode ser diferente. Claro que a prioridade é a Série B. Em 2008, no Corinthians, ficamos fora do mata-mata do Paulista, subimos, e chegamos fortes em 2009, ganhando o Paulista e a Copa do Brasil. No Gauchão, nós vamos classificar. Passam oito times. A equipe vem melhorando. Levamos gols contra Caxias e Passo Fundo nos finais dos jogos. Quando as coisas melhoram, a sorte também vem um pouco para o teu lado. Agora, a bola bate no goleiro e sai. No Gauchão, vamos nos classificar entre os oito”.

Mudança de fotografia do time

“Acho que vale para o Inter. Têm jogadores que têm contratos até 2019 e 2020. Você tem que ter um cuidado diferente. Eram patrimônio do clube em 2016 e ainda são agora. A gente vem procurando trocar. Algumas mudanças são importantes, com jogadores chegando com outra motivação. É importante você sempre ter uma troca em final de temporada”.

Victor Cuesta e Marcelo Cirino

“O Cuesta é um jogador com técnica diferente de outros zagueiros. Sabe sair jogando, canhoto, passou pela Seleção Argentina. Vai precisar de um tempo para se adaptar. O Marcelo Cirino é de qualidade, teve excelente começo no Atlético-PR. Quando eu estava no Shaktar Donestk-UCR, tentamos contratá-lo. Vem há dois anos no Flamengo. Se ele vier, queremos que seja o Marcelo Cirino do Atlético-PR, que surgiu muito bem, com muita qualidade. Jogador que atua pelos lados do campo”.

Antonio Carlos Zago assumiu o Inter, em janeiro. No Gaúcho, o time é quinto colocado com seis pontos em cinco jogos. Na Primeira Liga, está classificado para as quartas-de-final e na Copa do Brasil, enfrenta o Sampaio Correa-MA, em dois confrontos pela terceira fase.

 

 


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