Duílio banca Alessandro e busca elenco forte, sem loucuras financeiras
Alexandre Praetzel
O Corinthians pretende ter um elenco forte, mas sem fazer loucuras financeiras e contratando com critério e oportunidades. O diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves, admite a situação financeira difícil e espera que o Corinthians consiga formar uma base de equipe para os próximos quatro ou cinco anos. O blog entrevistou o dirigente sobre a permanência de Alessandro, a busca por mais reforços e a projeção para a Libertadores. Acompanhem.
Alessandro continua no departamento de futebol do Corinthians?
Vai continuar. Está aqui com a gente, apesar de terem dado ele fora. Que o Andrés (Sanchez) e eu tiraríamos ele depois da eleição. Por isso que ele não está falando, mas não existe nada. Está aqui com a gente, trabalhando no dia a dia, nessa reformulação do grupo, montagem do time, contratos de empréstimos. Está 100% conosco.
Todos os reforços que chegaram foram indicados pelo Carille, ou alguns nomes vocês colocaram à disposição, sem ele querer?
Não existe isso dentro do Corinthians. Além dele, toda comissão técnica participa, seus auxiliares. A gente vê a necessidade. Muitas vezes, os nomes partem, inclusive, deles. Ou a posição, as características. E tudo que é feito dentro do futebol do Corinthians, tem a aprovação do treinador e um pedido dele, com certeza.
Corinthians tentou contratar o centroavante argentino Ábila?
Não. Ábila foi um nome, que como outros 30, 40 nomes, foram analisados pela comissão técnica, já algum tempo, mas não partimos para uma conversa com ele.
Vocês querem fechar o elenco em março?
A gente não coloca prazo. O importante, lógico, é os jogadores que não estão sendo aproveitados, que saiam para jogar. São patrimônio do clube. Mas a gente não tem uma data porque não dá para fechar um elenco. Se, no meio do caminho, você conseguir qualificar ainda mais, é isso que a pretende fazer.
É verdade que o presidente não morre de amores pelo Carille?
Não. Não sei de onde saiu isso. O Fábio está com a gente desde a primeira eleição do Andres, em 2007, quando o Mano Menezes veio. É o nosso treinador, continua com a gente por nossa vontade, é a nossa forma de trabalhar, até o final do mandato.
Corinthians tem elenco para disputar a Libertadores em igualdade com os adversários?
Corinthians tem um grande time. Após a primeira fase, existe a possibilidade de você contratar e trocar atletas, e se a gente tiver oportunidade de melhorar, com os pés no chão, com oportunidades no mercado, sem fazer loucuras, o nosso trabalho a gente vai fazer.
Situação financeira do Corinthians é difícil? Para contratar, vocês precisam de parceiros?
Lógico, a situação do Corinthians, como a de quase todos os clubes do Brasil, não é fácil. Por isso, que eu tenho repetido, que a gente tem que ter os pés no chão, não fazer loucuras, porque a conta chega um dia. Então, a gente tem que trabalhar com oportunidades, com jovens promessas, como a gente fez com alguns jogadores, que venham e que a gente crie um time para quatro, cinco anos, com um custo baixo.
Duílio Monteiro Alves foi diretor de futebol na gestão de Mário Gobbi, com Roberto de Andrade como vice-presidente de futebol. Saiu do clube e retornou agora. Desde que reassumiu o cargo, o Corinthians já contratou sete jogadores, pelo menos. O time estreia na Libertadores da América contra o Millonarios da Colômbia, nesta quarta-feira, em Bogotá.