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Diego Alves admite queda técnica do Fla. Goleiro lembra que veio de graça
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Alexandre Praetzel

O Flamengo está em debate. O time não consegue ter boas atuações no Brasileiro e Sul-Americana e tem sido cobrado por melhor desempenho e resultados. O técnico Reinaldo Rueda chegou da Colômbia e ainda não viu seu trabalho ser implantado da maneira que gostaria. A diretoria, do outro lado, esperava mais qualidade, tanto do treinador quanto do elenco. O blog entrevistou o goleiro Diego Alves, que concordou com a queda da equipe, prometendo mais responsabilidade e resposta rápida para a torcida. Acompanhem.

Por que o Flamengo não consegue manter uma regularidade no Brasileiro?

Por isso que estamos assim. Se a gente tivesse uma regularidade fora de casa, a gente estaria mais acima, onde a gente merece. É um ano diferente, um ano que o torcedor está sofrendo bastante e nós temos que mudar isso. Temos que buscar forças para mudar, seja na experiência, raça, de alguma maneira, porque somos nós que entramos em campo e tentamos fazer o melhor. É lógico que também não podemos, por erros, culpar alguém ou não. O grupo sabe onde errou e a gente tem que tirar forças agora. Faltam poucos jogos para terminar o Brasileiro. O objetivo ainda não está finalizado e a gente tem que fazer de tudo para estar mais acima. A gente também não está contente com o nível do Flamengo, este ano.

Há um caminho menos complicado para vocês conseguirem a vaga para a Libertadores. É pelo Brasileiro ou Sul-Americana?

A Sul-Americana é uma competição à parte. Hoje, se o Brasileiro terminasse, a gente estaria em sétimo, pelo menos, na pré-Libertadores, que mesmo assim não é a posição que a gente quer se encontrar, mas é a realidade. O Brasileiro termina primeiro que a Sul-Americana. Não podemos depositar todas as fichas na Sul-Americana, sabendo que são jogos eliminatórios e difíceis. Eu acho que a concentração tem que ser no Brasileiro e a partir do momento que chegar à Sul-Americana, voltar o foco para o torneio.

Tu achas que o Flamengo merece ser cobrado pelos investimentos que fez?

Olha, está acontecendo a mesma coisa com o Palmeiras. Acho que a cobrança, muita gente vê pelo investimento alto. No Flamengo, para muita gente parece que foi alto, mas alguns jogadores vieram de graça, como é o meu caso. Aparentemente, parece ser um investimento caro, alguma coisa, mas a gente tem que assumir nossa responsabilidade. Temos jogadores de nome, jogadores que vieram e deixaram de ir para algum lugar, para vir para o Flamengo. E quando viemos para cá. eu me incluo no meio, a gente assume toda a responsabilidade porque a gente veio para vencer, não veio para sofrer. Então, a gente quer tirar o Flamengo para que a gente possa terminar bem o ano.

Como você avalia o nível do futebol brasileiro, depois de anos na Europa?

Cada lugar tem seu nível técnico. Aqui é diferente da Espanha, Espanha é diferente da Inglaterra, da Itália. Bom, aqui acho que o futebol mudou bastante. Acho que os jogadores estão se cuidando mais, tem mais estrutura para poder ficar mais forte. Fisicamente, é um jogo muito forte. Eu vejo um futebol que, por mais tático que seja, se desorganiza por algum momento e isso também é difícil você manter uma consistência tática. Lá na Europa, os times mantêm a mesma tática nos 90 minutos, então fica um futebol menos desorganizado, mas é um futebol muito difícil aqui no Brasil. Qualidade técnica, individualismo, isso faz com que o futebol brasileiro tenha ganhado bastante nível técnico.

No Brasileiro, o Flamengo é sétimo colocado com 50 pontos. Na Sul-Americana, o time está nas semifinais contra o Júnior Barranquilha da Colômbia.

Diego Alves chegou ao Fla, no meio deste ano, contratado do Valência da Espanha. Já disputou 21 partidas.


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