Argentina previsível, como esperado. Islândia merece elogios
Alexandre Praetzel
O empate da Argentina deve ter derrubado muitos bolões e apostas pelo mundo. Um time com Messi, Agüero, Di María e Mascherano, sempre será favorito contra a novata Islândia. Claro que o pênalti desperdiçado por Messi, provavelmente, daria a vitória para a Argentina. Mas é impossível não registrar a comovente estratégia islandesa, como seleção estreante em Copas do Mundo.
Uma formação forte, física e taticamente. Cada jogador guardando seu espaço e cumprindo sua função. Quando Messi tocava na bola, havia três marcadores em cima dele. Nas raras vezes que Messi conseguiu escapar, não conseguiu acertar o gol. A Islândia também levou perigo. Saiu atrás, não se desesperou e buscou o empate. Ainda teve chances para fazer o segundo gol, mas Caballero evitou, depois de ter falhado no gol. Cansados, os islandeses se retraíram na defesa e foram segurar o resultado. Um esforço comovente contra um adversário bicampeão mundial e com um grande astro do outro lado. Um futebol feio, mas quem pode reclamar? A proposta foi exatamente essa. Afinal, estamos numa Copa do Mundo.
A Argentina foi previsível e segue com sua super dependência de Messi. Não há uma equipe formada, com padrão tático. A classificação para a próxima fase é um ponto de interrogação, pelo que a Argentina não vem jogando. Os argentinos devem torcer por um empate entre Croácia e Nigéria, seus dois próximos adversários. Será que o filme de 2002, pode se repetir? Na ocasião, com um time bem melhor, a Argentina caiu na primeira fase.
A Islândia, com um pontinho somado, pode sonhar com uma vaga nas oitavas-de-final.