Grêmio expôs a diferença gritante para o Santos. Jair parece perdido
Alexandre Praetzel
Escrevi no blog, neste domingo pela manhã, que o Santos corria risco de levar uma goleada do Grêmio, em Porto Alegre. Apenas fiz menção ao que eu vejo hoje, comparando as duas equipes. Em nenhum momento, desrespeitei o Santos e seus jogadores. Só coloquei que, atualmente, o Grêmio é um time de futebol de qualidade, bem preparado, com esquema definido e conjunto entrosado. Historicamente, Grêmio e Santos sempre fizeram confrontos equilibrados. Agora, a diferença gritante ficou escancarada.
O Grêmio fez 5 a 1 contra um Santos espalhado, confuso e perdido. O Santos até empatou num chute que Jean Mota errou, mas a bola desviou em Kannemann e enganou Marcelo Grohe. Depois, o Grêmio tomou conta do jogo novamente e chegou à goleada, sem dificuldades.
Jair Ventura quer provar aos santistas que é um técnico ofensivista, mas não dá padrão à equipe. Não adianta escalar três atacantes, sem meio-campo criativo. Há um deserto no meio e isso facilita para os adversários. Como o Grêmio tem o seu melhor, neste setor, a goleada poderia ser prevista.
Reparem que Rodrygo, Gabriel e Sasha foram espectadores e só ficaram correndo atrás dos gremistas. Os laterais não puderam apoiar e o Santos foi batido facilmente.
Ou Jair Ventura retranca o time do jeito que ele gosta ou novas derrotas surgirão. Com esse esquema, a tendência é o fracasso ali na frente. Na Libertadores, pode dar certo no mata-mata, quando é possível jogar por uma bola. O problema é que os jogadores não parecem querer comprar as ideias do treinador.