São Paulo caiu para um adversário melhor. Faltou qualidade para decidir
Alexandre Praetzel
O São Paulo não conseguiu vencer o Atlético-PR e caiu mais uma vez na quarta fase da Copa do Brasil, repetindo 2017, quando foi eliminado pelo Cruzeiro. O tricolor até abriu 2 a 0, resultado que lhe servia, mas não conseguiu segurar a vantagem e sofreu o empate. No primeiro confronto, o Atlético havia vencido por 2 a 1.
Diego Aguirre escalou um time mais físico e fez um bom primeiro tempo, consistente e com criações de jogadas. Valdívia fez um bonito gol e Nene ampliou, após chute desviado na defesa. Parecia que o São Paulo iria se classificar, mantendo uma postura equilibrada em campo. Mas tudo mudou aos 38 minutos, num pênalti cometido por Liziero, depois da bola bater no seu braço direito. O Furacão diminuiu e voltou para o jogo.
No segundo tempo, a partida continuou franca, com as duas equipes partindo para o ataque. Aí, o padrão de Fernando Diniz funcionou, quando o Atlético-PR fez ótima trama pela esquerda e Matheus Rossetto bateu sozinho na cara de Sidão. O time paranaense buscou o placar que lhe servia, mas não administrou vantagem. Manteve o toque de bola e sempre contra-atacou com perigo. O São Paulo foi para cima e exigiu duas defesas difíceis do goleiro Santos. Faltou melhor pontaria, calma e qualidade técnica para fazer o terceiro gol e seguir para os pênaltis.
Não dá para tirar o mérito do Atlético. Nunca deixou de jogar e foi buscar a vaga. Time por time, o Atlético-PR não é tão superior, mas na forma de jogar, parece melhor. O São Paulo perde dinheiro e contabiliza mais uma eliminação no ano. Golpe duro para um início de trabalho de Aguirre e a chegada de Everton.
De 2013 a 2018, foram 19 eliminações em torneios de mata-mata. A sequência impressiona, num clube que é gigante e ganhou muito até 2008. O problema é se acostumar a perder e começar a viver do passado. A pressão só aumenta.