Aguirre X Diniz. Intensidade contra posse de bola. Jogo duro para o SP
Alexandre Praetzel
O São Paulo tem uma parada duríssima nesta quinta-feira, no Morumbi, pela Copa do Brasil. Enfrentará o Atlético-PR, precisando vencer o segundo jogo da quarta fase por dois gols de diferença, depois de perder o primeiro confronto por 2 a 1. Vitória por um gol, levará a decisão da vaga para os pênaltis. Lembrando que o torneio é a única competição que o São Paulo nunca conquistou.
Será o duelo de Diego Aguirre contra Fernando Diniz. O uruguaio chegou recentemente e ainda busca uma identidade para o time. Deve escalar três zagueiros e optar por uma formação mais intensa e agressiva, sem muita qualidade técnica. Se o São Paulo repetir o desempenho da vitória sobre o Paraná Clube, provavelmente, será eliminado pelo Furacão. Só uma tática física e de velocidade, não vai adiantar. É preciso jogar bola.
Fernando Diniz desembarcou em Curitiba, no início do ano, após deixar o Guarani. Comandou o Atlético-PR em sete partidas apenas, porque o clube priorizou Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. O Estadual foi conquistado por reservas e Sub-23. Diniz implantou sua filosofia e o Atlético-PR atua com muita posse de bola e troca de passes. Nos dois últimos jogos, fez oito gols e tomou só um. Sou fã de Diniz. Muitos acham que ele não consegue emplacar um trabalho em clubes maiores, porque os jogadores não se dispõem a obedecer a metodologia do treinador. Os atletas do Atlético parecem que estão gostando e os resultados são bons.
Projeção de um embate muito interessante. O São Paulo retomando sua grandeza e dando esperanças ao seu torcedor, mas, por incrível que pareça, inferior ao adversário no futebol, mesmo que seja maior como instituição. Terá que provar dentro de campo, porque só a camisa tricolor pode não bastar.