Fernando Diniz encanta jogadores do Atlético-PR. SP terá dificuldades
Alexandre Praetzel
O São Paulo abre a quarta fase da Copa Brasil, enfrentando o Atlético-PR, nesta quarta-feira, em Curitiba. O tricolor nunca venceu na nova Arena da Baixada. Foram 12 derrotas e cinco empates. Um retrospecto de assustar, mas uma hora isso vai terminar. Pode ser agora, com o São Paulo de Diego Aguirre mais intenso e encorpado e um pouco mais confiante.
Mas não será fácil. O Atlético-PR está apenas treinando e fez apenas quatro jogos com sua equipe principal, todos pela Copa do Brasil. Empatou com Caxias, venceu o Tubarão-SC por 5×4 e passou pelo Ceará nos pênaltis, depois de dois empates. O time Sub-23, reforçado por alguns nomes mais velhos, disputa a final do Paranaense contra o Coritiba.
Fernando Diniz assumiu a equipe com o compromisso de adotar um futebol total, lembrando o trabalho no Audax-SP, quando superou grandes times e chamou a atenção do país. Nas quatro partidas deste ano, o desempenho não foi maravilhoso, mas mostrou bem a ideia do treinador, assimilada pelos atletas. O blog conversou com o zagueiro Paulo André, a respeito de Diniz. Pelas palavras de Paulo, Fernando Diniz conquistou o grupo.
''Praetzel, os atletas estão encantados com o trabalho do Diniz, sua lógica, sua condução de grupo e percebem a gigantesca evolução individual de cada atleta. Quem está dentro do processo, tem convicção de que este é o melhor caminho a seguir e abraçou a causa. Agora, começa o nosso ano para valer e precisaremos, além de desempenhar, fazer com que os resultados acompanhem esse bom futebol que queremos praticar'', afirmou Paulo André.
O Atlético-PR joga num 3-4-3 com Santos; Wanderson, Pavez (Paulo André) e Thiago Heleno; Jonathan, Matheus Rossetto, Raphael Veiga e Carleto; Guilherme, Nikão e Bergson. Provavelmente, vai querer tomar a iniciativa do jogo contra um São Paulo mais fechado, com Sidão; Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves; Militão, Jucilei, Liziero e Reinaldo; Cueva, Trellez e Nene.
Dois times com esquemas parecidos, mas o São Paulo mais lento, em relação ao Atlético-PR. Tendência de um confronto complicado. O são-paulino mais otimista pode lembrar que o São Paulo segurou bem o Corinthians e só caiu nos pênaltis, na semifinal do Paulista. Quem sabe, desta vez consiga ultrapassar a quarta fase e chegue às oitavas-de-final, algo que não aconteceu, em 2017.