Balbuena desconversa sobre saída e divide méritos com grupo corintiano
Alexandre Praetzel
Fabián Balbuena chegou ao Corinthians, em 2016, sem muito alarde. Contratado do Libertad-PAR, se adaptou rápido ao futebol brasileiro e virou titular absoluto do time. Em 2017, destacou-se e foi o melhor zagueiro da Série A. Em alguns jogos, não cometeu nenhuma falta, lembrando o ex-ídolo Gamarra. Em entrevista exclusiva ao blog, Balbuena não descarta a saída do clube, admite que foi um ano maravilhoso e divide todas as honrarias com o grupo de atletas. Confira a seguir.
Foi o melhor ano da tua carreira?
Eu acho que sim, um dos melhores. Porque conseguir tudo isso com um time como o Corinthians é algo muito lindo. Então, acho que foi uma temporada muito boa, além do time conseguir os objetivos, também a nível pessoal, me senti muito bem nos jogos e acho que eu fiz uma boa temporada para fechar esse ano.
Ganhar o Brasileiro foi uma surpresa para vocês, internamente?
Logicamente, todo o grupo aspira ganhar coisas, mas a gente sabia que ia ser difícil. Logicamente, a gente não imaginava que a temporada iria ser assim, mas a gente trabalhou para que isso acontecesse. Acho que o trabalho e o sacrifício que a gente fez durante todo o ano, a gente conseguiu ser recompensado com dois títulos. Então, independentemente do que se falava no começo de temporada, o mais importante foi que a gente acreditou no trabalho e conseguiu chegar aos objetivos.
Qual a projeção para você? Ideia de sair em janeiro ou ficar mais um tempo no Corinthians?
Minha projeção é entrar em férias com minha família, descansar e recarregar a bateria para o ano que vem. Como eu sempre falo, o futuro é muito incerto. Ninguém pode assegurar que vai ficar ou vai sair, ainda mais no futebol, que muda muito rápido. Então, eu prefiro curtir e aproveitar esse momento com minha família e descansar um pouco também.
A saída do Pablo te surpreendeu?
Surpreendeu não, porque era uma das possibilidades. Nas negociações, pode acontecer isso, ficar ou ir, mas na situação que ele estava só até o final do ano. Enfim, a gente só pode torcer para ele, onde for que esteja bem e possa fazer o melhor dele. Ele é um cara muito legal. Fez muita coisa para nós esse ano. É uma coisa que foge das nossas mãos, negociações entre jogadores e diretoria, mas a gente fica feliz porque ele foi parte desta temporada também e a gente vai torcer pelo sucesso dele na carreira.
Zagueiro Marllon da Ponte Preta é um bom nome para o Corinthians? Você conhece?
Estão falando em muitos nomes. Logicamente, não posso falara em nenhum. Não sei se vai vir alguém ou não, é uma coisa que é questão da diretoria. Como eu falei, a única coisa que eu posso falar é que eu vou curtir essas férias merecidas pelo trajeto dessa temporada, que é muito corrido. Então, a gente fica mais tempo nas concentrações, treinos do que em casa e é tempo de curtir a família e recarregar a bateria para o ano que vem.
Pedro Henrique e Léo Santos são realidades no Corinthians?
Acho que o Pedro Henrique é uma realidade hoje, tem mais experiência que o Léo Santos, mas o Léo Santos tem muita qualidade. Acho que, a curto prazo, será um dos jogadores importantes do Corinthians. Tomara que eles possam seguir nesse caminho que estão, aprendendo e se esforçando para conseguirem coisas importantes no clube.
Você imaginava ser escolhido o melhor zagueiro do Brasileiro em dois anos atuando por aqui?
Não penso muito nisso. Sempre tento fazer um bom trabalho, ótimo dentro de campo, ajudando minha equipe. O objetivo sempre é o grupo. Conseguir os objetivos do grupo e sempre estar por cima de qualquer prêmio individual. Se eu for premiado por alguma coisa, a nível individual, será também graças a minha equipe porque quando o time está bem, tudo é visto de boa forma.
Balbuena está com 26 anos e tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2018. Em julho, já poderá assinar um pré-contrato com outra equipe. Por isso, ele pode ser negociado em janeiro para o Corinthians lucrar com a transferência.
O zagueiro já disputou 99 jogos e marcou oito gols pelo Corinthians.