Prass, sobre renovação: “Nesses 15 dias sem jogos, vamos ver se evolui”
Alexandre Praetzel
Fernando Prass vive a expectativa de renovar seu contrato com o Palmeiras. O goleiro encerra seu compromisso com o clube, em dezembro deste ano. Em entrevista exclusiva ao blog, Prass espera ter uma conversa com o presidente Maurício Galiotte, nesses 15 dias sem jogos, para definir seu futuro. Confira o bate-papo, a seguir.
O Palmeiras renasceu com a vitória sobre o São Paulo, no Brasileiro, ou isso é um exagero?
Acho que é um exagero porque daqui a 15 dias tem outro jogo e se perder ou tiver uma atuação ruim, volta tudo de novo. E o futebol, não só o brasileiro, o futebol em si trabalha muito em cima do resultado, da expectativa que se cria. E quando você não tem uma expectativa concreta como foi a nossa, de chegar mais longe na Libertadores, Copa do Brasil, as frustrações e as cobranças se potencializam. E óbvio que uma derrota ou até um empate domingo, iam trazer um peso muito grande para essas duas semanas. Agora, tem duas semanas, para aí sim, fazer um divisor de águas, ter uma sequência boa na competição e, quem sabe, aos poucos, buscar as posições a nossa frente.
Com oito pontos perdidos em jogos recentes, o Palmeiras poderia ter 44 pontos. Vocês relembram isso e fizeram essa matemática?
Tu sempre pensa isso, pensa sempre o lado positivo. Óbvio, se a gente tivesse ganho lá atrás de outras equipes, mas se a gente tivesse perdido para o Bahia, que ná época que nós fomos jogar lá, o Bahia tinha três jogos em casa, três vitórias e 12 gols marcados, tinha tomado um gol, a gente fez quatro. Fazia tempo que a gente não ganhava da Ponte, ganhamos da Ponte lá. Na realidade, é uma compensação. Eu acho que só o Corinthians está fugindo dessa média do Brasileiro. Tu ganhas alguns pontos, óbvio que tem que fazer um aproveitamento melhor em casa e a gente vinha de duas derrotas e buscar pontos fora. A gente está conseguindo buscar pontos fora. Então, fica mais ou menos na balança. Como eu falei, só o Corinthians que foge um pouco dessa compensação.
Qual a chance de renovar o contrato com o Palmeiras?
Difícil falar em chance, mas vamos ver. De repente, nessas duas semanas sem jogos, com essa vitória no clássico, a gente tem uma condição melhor de conversar porque era complicado, no momento que a gente estava, pensar individualmente, pensar no jogador. Como eu falei, tinha que abrir mão de qualquer vaidade e pensar no Palmeiras. Depois, quando as coisas se acalmassem, a gente pensava na gente. Vamos ver, nessas duas semanas, se evolui alguma coisa.
O Vasco te procurou para você voltar?
Não, não procurou.
Nenhum clube grande do tamanho do Palmeiras, te procurou?
Do tamanho do Palmeiras, é difícil(risos). Não. São coisas que, se eu te disser que não procurou, vai ficar aquela dúvida, e se eu disser que procurou…Não é uma coisa que se trata pela imprensa, né. Eu mesmo, se tivesse ou não uma proposta, não ia abrir para ninguém, a não ser para o Palmeiras. Falei isso para o presidente, que eu não assinaria um pré-contrato com clube algum, sem antes comunicá-lo. E aí, em cima disso a gente vai, nessa relação de confiança, a gente vai conversando.
A sinalização do Palmeiras é para renovar contigo?
O presidente deu uma entrevista esses tempos aí, falando que a ideia era que eu ficasse. Vamos ver, agora, com essas duas semanas sem jogos, com um pouco mais de tranquilidade, se a gente consegue conversar.
Fernando Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Foi campeão da Copa do Brasil, em 2015, cobrando o pênalti decisivo contra o Santos e foi campeão Brasileiro, em 2016. Aos 39 anos, já fez 241 jogos. Neste ano, perdeu a posição de titular para Jaílson.