Fellipe Bastos vê final parelha e prevê forte pressão por título na Ponte
Alexandre Praetzel
O Corinthians tem três jogadores que já vestiram a camisa da Ponte Preta: Pablo, Maycon e Fellipe Bastos. O volante foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, em 2013, na derrota para o Lanús-ARG. O blog entrevistou Fellipe Bastos com exclusividade, sobre o clima para a decisão do Paulista, a pressão por títulos na Ponte e o respeito ao adversário na final. Acompanhem abaixo.
Você atuou na Ponte Preta e agora no Corinthians, o que achas de uma final, 40 anos depois?
''É uma final esperada por todo mundo. Desde que a Ponte conseguiu a classificação, todo mundo lembrou da decisão de 40 anos atrás, tudo o que aconteceu. Eu e o Maycon, que já atuamos na Ponte Preta, temos um carinho enorme por eles, mas a gente está defendendo o Corinthians e vamos buscar esse título''.
Como vês a Ponte hoje, após ter passado pelo clube?
''A Ponte muito mais forte, uma Ponte muito mais sólida. Quando passei lá, a gente disputou a final da Sul-Americana, mas a gente acabou caindo no Brasileiro. Não éramos tão fortes, como a Ponte Preta está hoje. Eu acho que a gente tem que ter cuidado, estudar a Ponte, para a gente não ter nenhum tipo de surpresa nas duas partidas''.
A decisão passa por Campinas ou o Corinthians leva vantagem por decidir em casa?
''Não. Pelo que a Ponte vem mostrando, pelo que vem jogando também, gente está muito equiparado. A Ponte é muito forte dentro da sua casa. Não podemos cair no mesmo erro que o Palmeiras caiu. Temos que entrar ligados para que a gente não sofra nenhum tipo de supresa''.
O que destacaria no time da Ponte Preta?
''A velocidade. A velocidade que eles têm no contra-ataque, para finalizar as jogadas. Os três jogadores da frente são muito rápidos e muito chatos, na gíria do futebol. É com isso que a gente tem que se preocupar para que a gente possa fazer um excelente jogo lá e trazer a decisão para nossa casa''.
A pressão de 117 anos sem títulos pode atrapalhar a Ponte Preta?
''Eu acho que isso sempre atrapalha. É uma pressão que os jogadores carregam de não ter conquistado e a Ponte nunca conquistou nada. Eu acho que eles estão trazendo isso de uma maneira positiva para eles e a gente não pode cair nesse erro de que a Ponte estará pressionada. A gente tem que ir muito concentrado, sabendo do que a gente vai receber lá, onde a Ponte é muito forte''.
Felipe Bastos fez 21 jogos pela Ponte Preta e marcou quatro gols. No Corinthians, chegou no final de janeiro. Disputou 11 partidas e ainda não fez nenhum gol.