Palmeiras retoma relações com uniformizados, sem privilégios e benefícios
Alexandre Praetzel
O Palmeiras reatou relações com os torcedores uniformizados. O presidente Maurício Galiotte entende que o tratamento deve ser o mesmo dispensado aos outros palmeirenses, sem privilégios e benefícios. Nos últimos dias, Galiotte adotou medidas consideradas normais a qualquer palmeirense, na relação com as ''organizadas''. Cito alguns exemplos abaixo.
– Uniformizados poderão ficar na curva do gol da Praça Charles Miller, no Pacaembu. Jogadores entendem que eles ajudam mais naquele local, pressionando o adversário e apoiando o time, ao invés do Tobogã.
– Compra de ingressos no Allianz Parque, para jogos fora de São Paulo. Uniformizados reclamavam que tinham que chegar em outros estádios e ainda adquirir ingressos, prejudicando a entrada e facilitando agressões por parte de ''torcedores'' adversários.
– Atletas do Palmeiras poderão ter relações normais com as ''organizadas''. Na última festa de uma delas, Dudu e Tchê Tchê enviaram vídeos com cumprimentos, algo proibido na gestão Paulo Nobre.
A diretoria de Galiotte pede para deixar claro que não haverá nenhuma vantagem como subsídios de transportes e facilidades e prioridades na aquisição de entradas. A tolerância será zero com tentativas de intimidações e agressões a qualquer palmeirense. Será um tratamento com respeito mútuo, acreditando nas palavras das duas partes envolvidas.
É uma nova mentalidade. Vamos ver se vai funcionar e se Galiotte e companheiros de direção não irão sucumbir a pressões externas e internas.
Paulo Nobre rompeu com as ''organizadas''(com razão), após agressão aos atletas no retorno de uma viagem à Buenos Aires, no aeroporto local, depois de um jogo contra o Tigres, pela Libertadores da América, em 2013.