Blog do Praetzel

Arquivo : Suárez

Vou torcer pelo Uruguai contra Portugal. A raça e a tradição, contagiam
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Alexandre Praetzel

Desde que me conheço por gente, que aprendi a respeitar o futebol uruguaio. Nasci em 1970, numa década que o país tinha grandes jogadores e muita tradição. Com o passar do tempo, o futebol local perdeu força e dinheiro, como a maioria dos clubes sul-americanos, tornando-se revelador de atletas e negociando com o exterior. A distância para a Europa virou um abismo gigantesco. Desde quando eu nasci, o Uruguai ficou fora das Copas de 78, 82, 94, 98 e 2006. Ainda assim, teve nomes como Francescoli, Dario Pereira, Rodolfo Rodriguez, Montero, Morena, Recoba, Fonseca, Rúben Paz e Rúben Sosa.

Num país com pouco mais de três milhões de habitantes, a Seleção mantém sua grandeza e tradição de bicampeã do Mundo. Claro que a equipe não é exuberante e será difícil ganhar a Copa pela terceira vez. Agora, com o que tem, o Uruguai possui um bom time. Godín é um dos melhores zagueiros do planeta. No meio-campo, houve rejuvenescimento com qualidade. No ataque, qualquer seleção gostaria de ter uma dupla como Cavani e Suárez.

O Uruguai se classificou em primeiro lugar com nove pontos, num grupo fraco, é verdade. Mas não passou trabalho como outros adversários, na mesma situação. Marcou cinco gols e não sofreu nenhum. Ganhou dos donos da casa por 3 a 0, e isso deve ser valorizado.

Agora, terá o duelo das oitavas-de-final contra Portugal. Suárez X Cristiano Ronaldo. Acredito que seja possível uma classificação uruguaia. Portugal depende muito mais de Cristiano do que o Uruguai de Suárez. O jogo promete muito. E vou torcer pelo Uruguai. Tenho certeza que o Uruguai deixará tudo dentro de campo, para tentar eliminar o melhor jogador do mundo.

A camisa celeste é histórica e isso entusiasma demais.


Uruguai venceu pela defesa. Suárez ficou devendo
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Alexandre Praetzel

A máxima dos uruguaios em estreias de Copa do Mundo, foi mantida. Eles sempre dizem que todos os primeiros jogos são muito sofridos. E contra o Egito não foi diferente. Vitória por 1 a 0, com gol do zagueiro Giménez, próximo do final da partida. Algo que não acontecia desde o Mundial de 1970, quando o Uruguai fez 2 a 0 em Israel.

Tabarez escalou um time mais leve, com Betancourt e Arrascaetta como meias, para a bola chegar mais vezes a Suárez e Cavani. Não funcionou. Um time travado no primeiro tempo, facilitando a marcação do Egito e criando poucas chances. Suárez teve uma oportunidade, mas bateu de tornozelo na bola.

Na segunda etapa, o Uruguai voltou mais ligado e Suárez parou no bom goleiro El Shenawy. Sánchez e Rodríguez entraram e o Uruguai melhorou, permanecendo mais tempo no ataque e próximo à área. Cavani recuou um pouquinho para servir Suárez. A dupla funcionou e El Shenawy fez uma defesaça em chute de Cavani. Depois, uma bola na trave e o gol de cabeça de Giménez, tirando o Uruguai do sufoco. Festa uruguaia e decepção de Salah, que só assistiu a tudo, do banco de reservas.

Foi uma pena Salah não ter atuado. Se ele não foi escalado num jogo tão importante, sua presença está em risco, certamente, nos próximos confrontos. Com Salah em campo, a história poderia ser outra, claramente.

O Uruguai tem uma defesa consistente, mas precisa melhorar a transição do meio-campo para o ataque. Qualquer seleção gostaria de ter Suárez e Cavani, como dupla ofensiva. Mas a bola tem que chegar. Resultado importantíssimo para terminar em primeiro, e escapar da Espanha, nas oitavas-de-final.


Se camisa pesa, lá vem o Uruguai. Suárez X Salah é grande duelo
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Alexandre Praetzel

O Uruguai estreia contra o Egito, nesta sexta-feira. E quando as seleções estiverem perfiladas para o protocolo inicial, será impossível para qualquer amante do futebol não associar a camisa celeste com muita tradição e história. O uniforme com essa camisa, calção e meias pretas, tem um bicampeonato mundial longínquo, é verdade, mas que recuperou o respeito e revelou bons jogadores, nos últimos anos. Tem um bom goleiro, uma dupla de zaga competente e uma dupla de ataque que dispensa comentários. Não vive mais só do “Maracanazo” de 1950. Essa geração foi semifinalista em 2010, passou às oitavas em 2014, e pode surpreender, em 2018.

A cada quatro anos, o Uruguai sofre para se classificar, mas nunca desiste. Em 2010 e 2014, chegou pela repescagem sul-americana. Tem um país com apenas três milhões de habitantes, e está  sempre incomodando os adversários. Por isso, o espírito uruguaio atrai tantos torcedores de outros países, inclusive o Brasil. Eu sou um que vou torcer também pelo Uruguai.

O jogo promete ser equilibrado porque o Egito conta com um nome diferente. Salah foi monstro do Liverpool, na temporada européia, e poderia ter sido campeão do continente, se não tivesse se machucado numa entrada de Sérgio Ramos, na final da Champions League. Sua escalação está coberta de mistério, mas a tendência é que jogue, pela importância da partida. Afinal, o Egito não disputa uma Copa do Mundo, desde 1990, quando caiu na primeira fase. Imaginem Suárez X Salah, num grande duelo? E acho que tem tudo para acontecer, com Suárez contando com a inestimável ajuda de Cavani.

Em novembro de 2017, encontrei Lugano numa entrevista e brinquei com ele, antes do sorteio dos grupos, que o Uruguai teria duas seleções pequenas como adversárias. Ele disse que o  sofrimento é maior quando o Uruguai surge como favorito, nesse tipo de confronto. Por isso, Lugano prefere o Uruguai quietinho, sem chamar a atenção e fazendo grandes jogos contra todos. Em 2014, perdeu para a Costa Rica, mas passou por Inglaterra e Itália, na fase de grupos.

Agora, parece ser a melhor equipe para ficar com a primeira posição. Tomara que confirme. O blog aposta em vitória por 2 a 1.


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