Blog do Praetzel

Arquivo : Ralf

Ralf e Danilo destacam currículos vencedores no Corinthians
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O bicampeonato paulista do Corinthians colocou mais uma faixa no peito de Ralf e Danilo, dois jogadores muito vitoriosos pelo Clube e com grande número de partidas. Ralf foi titular na decisão e Danilo abriu as cobranças de pênaltis que deram o título ao time. O blog conversou com os atletas, sobre mais uma conquista e o que vem pela frente. Primeiro, Ralf.

O título fortalece o grupo ainda mais para o restante da temporada?

Sim. Fizemos por merecer. Mesmo eu chegando no decorrer da competição, esse grupo é maravilhoso, abençoado e fizemos por merecer. Fizemos um grande jogo, abrimos o placar como eles fizeram na nossa casa e isso aí dificultou o máximo para eles. A gente sabe que o jogo foi muito difícil e disputado e tivemos uma tarde feliz e abençoada com o Cássio também.

Ter jogado a final provou que você é um vencedor no Corinthians?

Me sinto vencedor, realizado, abençoado pelo Carille contar comigo. O Gabriel respeitou minha entrada e a decisão do Carille. O grupo só tem a ganhar. Ele jogou o primeiro clássico, eu respeitei. Independentemente de quem joga, quem ganha é o Corinthians. A gente teve um título merecido.

É difícil projetar um bicampeonato brasileiro?

Todo jogo a gente entra para vencer, mas nem sempre se desenha da maneira que a gente espera. A gente já começa com um primeiro semestre muito bom, abençoado, com esse título na casa do Palmeiras.

Ralf tem 344 jogos e marcou oito gols. Foi campeão paulista duas vezes, Brasileiro duas vezes, Libertadores da América, Mundial e Recopa Sul-Americana. Após dois anos no futebol chinês, retornou com mais dois anos de contrato.

O blog também entrevistou o meia Danilo. Confiram.

Foi um título justo na tua opinião?

Eu acho que sim. As duas equipes são iguais. No jogo de lá, a gente tomou o gol muito cedo e isso aí faz diferença. A equipe deles foi para trás e não conseguimos fazer o gol. E na casa deles, aconteceu a mesma coisa. Equipes iguais e foi decidido nos pênaltis. Nossa equipe bateu muito bem e mereceu o título.

Mais uma faixa no peito. Você um dos mais vitoriosos no futebol?

Graças a Deus. Nove anos aqui no Corinthians e ganhando tudo. Já tinha ganhado antes e eu acho que tem que agradecer todo mundo, mesmo jogando pouco, estou aqui sempre para ajudar, como foi domingo.

Aos 38 anos, Danilo fez 329 jogos e marcou 31 gols. Só não ganhou a Copa do Brasil pelo Corinthians. Teve se contrato renovado até dezembro.


Ralf no Corinthians. Repatriar vencedores em fim de carreira, vale a pena?
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Corinthians anunciou a contratação de Ralf, por duas temporadas. O jogador foi muito vitorioso pelo clube, na sua primeira passagem, e agora retorna aos 34 anos, depois de um período na China. Quando saiu, Ralf pensou na parte financeira. Agora, sem propostas, aceitou voltar ao Corinthians. Se junta a Emerson Sheik e Jadson, como atletas que ganharam tudo e passam a ser solução novamente. Neste caso, Jadson deu certo. Foi campeão paulista e brasileiro, em 2017.

A maioria volta perto do final da carreira e não consegue ter o mesmo desempenho porque o tempo passa, os elencos se renovam e a concorrência aumenta. São caros também porque colocam a história vencedora no contrato. Hoje, Ralf é reserva de Gabriel e Emerson Sheik, de Clayson e Romero. A idolatria não diminui, mas a resposta em campo pode não acontecer.

Relembrando um passado recente, cito alguns exemplos positivos e negativos sobre o mesmo assunto.

No Inter, o falecido Fernandão voltou como dirigente e não deu certo. Alex foi recontratado e caiu para a Série B. Rafael Sóbis brigou com parte da torcida. Daniel Carvalho não jogou. Nilmar só ganhou o Gaúcho.

No Palmeiras, Evair foi campeão da Libertadores, em 1999, depois de ter ganho o bi paulista e brasileiro, em 93 e 94.

No Grêmio, Renato Portaluppi foi mal, em 1991.

No São Paulo, Kaká ajudou o tricolor a chegar à Libertadores, em 2014. Lugano praticamente não foi aproveitado e virou integrante da diretoria.

No Flamengo, Juan está dando conta do recado, perto dos 39 anos.

No Cruzeiro, Henrique saiu para o Santos e voltou para ganhar títulos novamente.

No Santos, Robinho foi campeão nos dois retornos, valendo cada centavo. Gabriel já fez dois gols em dois jogos e ainda é muito jovem. Um caso diferente. O lateral Léo foi vencedor nas duas passagens.

Nenhuma garantia de que os repatriados darão certo, mas conhecem o clube e respeitam as trajetórias de todos. Obviamente, serão cobrados pelo custo-benefício. Afinal, as conquistas ficam para os museus e prateleiras. Sempre valerá a entrega e as atuações dentro de campo.

 

 


Ralf diz que fica na China. Volante comemora rápida adaptação no país
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Ralf é um jogador que poderia ser ótimo reforço para muitos times do Brasil. Com contrato vencendo no Beijing Guoan da China, Ralf pretende continuar no mercado chinês. Aos 33 anos, o volante deve acertar novo compromisso com o próprio Beijing ou com outro clube. Em entrevista exclusiva ao blog, Ralf elogia a evolução no futebol chinês, o trabalho do Corinthians e o técnico Fábio Carille. Confira a seguir.

Valeu a pena ter trocado o Brasil pela China?

Sim, valeu muito a pena, principalmente, por ter sido uma oportunidade única para minha evolução pessoal. Vou levar essa experiência para toda a vida. Fui muito bem recebido e acolhido pelo povo chinês. Além disso, tive a oportunidade de conviver com profissionais de diversas nacionalidades, como italianos, espanhóis e alemães e, assim, conhecer um pouco de várias culturas. A China é uma potência e atrai pessoas de todas as partes do planeta.

O que te move hoje: parte financeira ou técnica para seguir jogando?

Enquanto eu tiver prazer e amor em jogar, farei de tudo para seguir adiante, motivado, com novos objetivos, tanto desportivos como financeiros.

Pretendes voltar ao Brasil para outro clube que não seja o Corinthians?

Me adaptei muito rápido na China, como um todo. Por isso, meus planos são de permanência por lá.

Como defines o futebol chinês em relação a outros países?

Um futebol em constante desenvolvimento e rápida evolução, com jogadores locais muito bons, alguns até com características muito semelhantes aos jogadores sul-americanos. Há um incentivo constante para que o povo chinês esteja sempre consumindo o produto do futebol.

O título do Corinthians te surpreendeu, dois anos depois?

Não, porque o Corinthians, desde o início do ano, mostrou que seria capaz de chegar aonde chegou, com uma eficiência acima da média.

O que tens a dizer sobre Fábio Carille?

Já o conheço a um grande tempo. Um cara que dispensa qualquer comentário, tanto como pessoa, como profissional.

Clubes brasileiros te procuraram para retornar?

Diretamente, nenhum.

Tens alguma história curiosa sobre tua presença na China?

Como todos os estrangeiros que chegam lá, nos levam até a feira de alimentos deles(risos), para conhecermos e provarmos, mas quando batemos o olho, a coragem vai embora.

Ralf chegou ao Beijing, em 2016. Disputou 57 partidas e marcou um gol. No Corinthians, foram seis temporadas com 396 jogos e oito gols. Ganhou Paulista, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Brasileiro.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>