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Gatito sobre pênaltis: “Quando batem, o mundo para dois segundos para mim”
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Alexandre Praetzel

Roberto “Gatito” Fernández vem se destacando como titular do Botafogo, desde o início do ano. O goleiro paraguaio chama a atenção pela regularidade e por ser um “pegador” de pênaltis. Filho de “Gato” Fernández, ex-Inter e Palmeiras, disputa a posição com Jefferson, elogiado e considerado uma referência por Gatito. O blog conversou com Gatito, antes de se apresentar à Seleção do Paraguai, com chances de se classificar para a Copa do Mundo da Rússia. Acompanhem a seguir.

Deves permanecer no Botafogo em 2018?

Tenho contrato com o Botafogo até o final de 2018. Qualquer negociação ou proposta será analisada após o fim da temporada que estamos. O foco é total nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

Palmeiras te procurou para ser reforço ano que vem?

Não tivemos conversas com o Palmeiras.

Como vês a concorrência com Jefferson pela posição?

Antes de mais nada, é um privilégio treinar e conviver todos os dias com Jefferson. Ele é uma referência no Brasil. Sempre vi a concorrência com ele como um grande desafio pessoal. Tenho que estar cada vez melhor e continuar tendo a oportunidade de jogar pelo Botafogo. Está sendo um ano maravilhoso e esta disputa saudável com o Jefferson só me fez evoluir ainda mais na carreira.

Qual a importância do treinador de goleiros hoje?

O Flávio Tênius faz um trabalho fantástico. A importância é enorme, pois o método de treinamento dele é bem atualizado, sua visão de futebol é moderna e o dia a dia com os goleiros é de muito trabalho, respeito e dedicação.

Botafogo tinha time para ganhar um grande título?

Por pouco, não avançamos ainda mais na Libertadores. Era nossa obsessão, mas não deu. Queremos coroar essa boa temporada com a conquista de uma vaga na Libertadores para o ano que vem. O Botafogo e esse grupo merecem.

Jair Ventura é o diferencial do clube hoje?

Jair entende os atletas, usa a meritocracia e tem uma visão tática excelente. É novo e tem muito a contribuir para o futebol brasileiro. Esse vai longe.

Como consegues ser tão pegador de pênaltis?

Treinamento e concentração. Quando o adversário corre para bater, o mundo para e se silencia por dois segundos para mim.

Qual a referência do teu pai, ex-goleiro? O que ele te diz?

Meu pai é minha referência e meu orgulho. Conversamos hoje até menos do que antes sobre futebol. Mas a agilidade que ele tinha, eu procuro me espelhar. Procuro ouvir seus conselhos e ter todo o tempo que puder no clube para aproveitar a estrutura que temos. Academia, aparelhos de recuperação, fisioterapia. Com os profissionais que temos, fica ainda melhor.

A situação do Roger afetou o desempenho do grupo?

O desempenho não pode ser alterado, pelo contrário. Temos que buscar essa vaga e ele estará de volta na pré-temporada. Sabemos que obter a classificação será uma homenagem ao Roger e um prêmio pela dedicação de todos neste ano.

Gatito está com 29 anos. Chegou ao futebol brasileiro, para atuar no Vitória, em 2014. Disputou 43 partidas pelo clube baiano. Depois, foi para o Figueirense, onde atuou 49 vezes. No Botafogo, já fez 46 jogos.

 


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