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Arquivo : Espanha

Akinfeev, quatro anos depois. Na Espanha, Lopetegui será o tema principal
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Alexandre Praetzel

Na Copa do Mundo de 2014, a Rússia ficou no grupo com Bélgica, Argélia e Coréia do Sul. Fez uma primeira fase horrorosa, com dois empates e uma derrota, sendo eliminada. O goleiro Akinfeev foi considerado um dos responsáveis pela má campanha, com falhas em momentos decisivos.

Quatro anos depois, Akinfeev vira herói, defendendo dois pênaltis da Espanha e colocando a Rússia nas quartas-de-final da Copa. Ainda foi seguro no tempo normal e prorrogação, ajudado pelo forte esquema defensivo, parando a favorita Espanha. O futebol é espetacular e muita coisa muda em quatro anos. Das críticas à redenção.

Akinfeev merece registro como o técnico Stanislav Cherchesov. O treinador parece não se emocionar com nada, mantendo a frieza russa. No entanto, a cada jogo, vemos uma equipe muito disciplinada, atuando dentro das suas limitações. Está entre os oito melhores e pode até ser semifinalista, contra Croácia ou Dinamarca. Um feito inimaginável, antes do Mundial.

Diante da Espanha, foi o ápice da humildade. Todos marcando e fechando espaços, assistindo o toque de bola espanhol. Só havia uma chance, levando a decisão para os pênaltis. Tecnicamente, a diferença entre as duas seleções é do tamanho da Rússia. Não dá para tirar os méritos dos donos da casa.

Do outro lado, vimos uma Espanha bastante previsível. Ótimos e bons jogadores reunidos, mas faltando alguma coisa. O poderio técnico não superou a tática adversária. Ainda foram poucas tentativas individuais, facilitando a estratégia russa. Parece que a demissão de Julen Lopetegui, dois dias antes da estreia, será muito discutida. Ele tinha renovado um pouco a forma de jogar. A Espanha vinha passando pelos adversários com certa tranquilidade e bom futebol, transformando-se na principal favorita. Com sua saída, o grupo parece que sentiu. Nenhuma atuação brilhante e dificuldades numa chave com Portugal, Marrocos e Irã. Claro que agora é fácil falar, mas não tem como dissociar uma coisa da outra.

A Espanha não mostrou o futebol das eliminatórias e amistosos. E fracassou. É o fim de um trio brilhante com Iniesta, Sérgio Ramos e Piqué, campeões mundiais e europeus.

 


Gosto de ver a Espanha jogar. Acho que é a melhor seleção
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Alexandre Praetzel

A Espanha venceu Irã por 1 a 0, num jogo de ataque contra defesa, praticamente. Os espanhóis ficaram plantados no campo iraniano e insistiram muito, até sair o gol, num corte do defensor Reazeian batendo na perna de Diego Costa e deslocando o goleiro Beiranvand. Um resultado justo pela insistência e grande dose de paciência, até conseguir a vantagem no placar. Hierro entrou com Busquets como único volante, sabendo que teria uma retranca para transpor. Escalou três meias e dois atacantes, mandando na partida.

Sempre coloquei a Espanha como uma das favoritas, ao lado de Brasil, Alemanha e França. Claro que essas três seleções devem dar uma resposta melhor na segunda rodada, mas como time, vejo a Espanha com um padrão definido. Tem um bom goleiro e todos os nomes de linha sabem jogar. Dois zagueiros bons no posicionamento e bola aérea. Laterais que apoiam com competência, um meio-campo que marca e joga e um ataque com um centroavante forte e finalizador.

Não sei se a Espanha será campeã. Fez quatro pontos e deve ganhar de Marrocos. Nas oitavas, pegará Rússia e Uruguai. É mais equipe que qualquer um dos dois adversários. Parece que a demissão do técnico Julen Lopetegui, não teve nenhum efeito negativo. Já havia um projeto de jogo definido e Hierro está dando continuidade, sem alterações profundas.

Parte dessa geração ganhou a Copa do Mundo, em 2010, e a Eurocopa, em 2012. O vexame de 2014 e a instabilidade de 2016, ficaram para trás. A Espanha sabe que tem qualidade e pode chegar de novo, se entender que não basta apenas ser técnica, e sim, ser competitiva também. Olho neles.


Eu queria Diego Costa no Brasil
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Alexandre Praetzel

Portugal e Espanha fizeram um jogaço de Copa e empataram em 3 a 3. Cristiano Ronaldo foi espetacular com três gols marcados, um deles numa pintura em cobrança de falta, quase nos acréscimos. O melhor do mundo carregou Portugal nas costas.

Aliás, costas largas que Diego Costa tem. Esse jogador é brasileiro, naturalizado espanhol, para quem não sabe. Vê-lo com a camisa da Espanha, apenas confirma como os mandatários do nosso futebol não conseguem administrar situações conflitantes.

Diego Costa nasceu em Lagarto, município de Sergipe. Saiu cedo para o futebol português e foi adquirido pelo Atlético de Madrid. Rodou por algumas equipes menores, até virar titular do time, em 2013. Em março deste ano, foi convocado por Luiz Felipe Scolari, para dois amistosos contra Itália e Rússia. Como foi pouco utilizado, reclamou, e não foi chamado para a Copa das Confederações daquele ano, com título brasileiro. Em julho, Diego Costa conseguiu a cidadania espanhola e, em outubro, declarou que queria defender a Espanha, em carta enviada à CBF. Um ano depois, foi titular da Espanha, nos dois primeiros jogos da Copa 2014. Foi mal como todo o time. O entrevistei na zona mista, após a derrota de 5 a 1 para a Holanda. Na ocasião, criticou os critérios de convocação no Brasil e que não se arrependia de ter virado “espanhol”. Faltou diálogo e bom senso das duas partes. Talvez, se a CBF tivesse um diretor-executivo de seleções, o assunto fosse resolvido a favor do Brasil.

Quatro anos depois, é titular da Espanha e fez dois gols contra Portugal. O primeiro, recebendo a bola dentro da área e chutando no canto do goleiro Rui Patrício, mesmo com dois marcadores em cima dele. O segundo, aproveitando cabeceio para a pequena área, em jogada ensaiada. Com forte presença de área e muito jogo físico, Diego Costa é centroavante mesmo. Vai para o confronto, não desiste do jogo e tem boa conclusão. Se não fosse bom, jamais seria o 9 da Espanha.

O Brasil de Tite não tem um nome com essas características e experiência para o ataque. Estaria no grupo e até poderia ser titular.

Por isso, lamento. Eu queria Diego Costa no Brasil.


Cristiano Ronaldo X Espanha. O primeiro jogaço da Copa
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Alexandre Praetzel

Portugal e Espanha prometem um jogaço, nesta sexta-feira, na estreia das duas seleções, na Copa do Mundo. Portugal é o atual campeão europeu e tem uma boa geração de jogadores. Claro que depende de Cristiano Ronaldo, mas tem coadjuvantes competentes do meio-campo para a frente. De 2002 para cá, esteve em todos os Mundiais, com uma semifinal em 2006, uma oitavas caindo para a Espanha em 2010 e duas eliminações na primeira fase, em 2002 e 2014. Parece que é o torneio onde Cristiano Ronaldo chega no seu melhor nível e talvez na sua última Copa. Será curioso entrar para a história com tantos troféus de melhor jogador do mundo, sem nunca ter ganho a Copa. Acontece.

Do outro lado, muita curiosidade para ver a reação do time espanhol, depois da demissão do técnico Julen Lopetegui, há dois dias, por um acerto com o Real Madrid, nas costas da Confederação. Lopetegui deu uma reformulada no estilo de jogo espanhol e transformou a seleção em favorita ao título. Com Fernando Hierro, talvez as coisas sejam diferentes. A Espanha pode seguir com seu bom futebol ou sucumbir, com a mudança no ambiente. Como time e grupo, só tem gente talentosa. A conferir.

O blog fez sua avaliação, jogador por jogador. Confira.

Rui Patrício  X  De Gea

Cédric  X  Carvajal

Pepe  X  Piqué

Fonte  X  Sérgio Ramos

Guerreiro  X  Alba

William Carvalho  X  Busquets

João Moutinho  X  Thiago Alcântara

Bernardo Silva  X  Iniesta

João Mário  X  David Silva

Cristiano Ronaldo  X  Isco

Guedes  X  Diego Costa

Fernando Santos  X  Fernando Hierro

10×2 Espanha, para o blog. Tomara que seja um grande jogo. O blog aposta em 3×1 para a Espanha.


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