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Conselheiro diz que pode processar presidente Leco por agressão no SP
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Alexandre Praetzel

O vendedor Pedro Mauad, 65 anos, sócio do São Paulo há 32 anos, acusou o presidente Leco de agressão, após o clássico entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi. Conselheiro eleito há dois meses, Mauad concedeu entrevista exclusiva ao blog, relatando o episódio. Confira a seguir.

O que houve entre o Sr. e o presidente Leco, após o jogo de domingo, no Morumbi?

Nós saímos do nosso camarote do Conselho e no caminho, eu encontrei com o presidente. Estiquei a mão para cumprimentá-lo e na hora que ele me cumprimentou, ele falou na cara tudo que isso, tudo que aquilo e começou a destilá-lo o que ele achava o que devia. Eu insisti com ele daí, porque eu não ia falar nada, só cumprimentos. Eu falei: presidente, vamos conversar um pouquinho e fui descendo uma escadinha até a porta do Conselho. Neste trajeto de dez metros, eu pedindo para conversar com ele, o filho dele me empurrou e eu falei: não põe a mão em mim. Ele viu e deu um salto de doido, tentando me pegar na garganta. Como eu estava com uma mão ocupada, eu simplesmente o contive com a outra. Segurei ele longe de mim, para não ter perigo de uma agressão maior, né. Ele segurou na minha camisa, não conseguiu pegar o pescoço e ficou segurando a camisa. Tinham conselheiros e seguranças ao lado e tiraram ele. Infelizmente, o destempero dele foi total. Foi uma coisa absurda.

No momento que o Sr. se dirigiu a ele, houve algo que o Sr. fez que justificasse a reação do presidente?

Nenhum, nenhum. O problema meu com ele é que eu como conselheiro eleito socialmente, é minha obrigação a cobrança. Eu tenho que cobrar e eu tenho cobrado com muita veemência, coisas, atitudes. Eu tenho cobrado negócios que normalmente entre eles, não se cobram. Te dou um exemplo para você ter ideia. O São Paulo fez um contrato com o Rogério Ceni. Esse contrato tinha uma cláusula de multa e essa multa só foi feita porque ele estava com receio de perder a eleição. E nós questionamos eles a respeito de, como ele foi eleito, por que ele não tirou a cláusula? E ele falou simplesmente o seguinte: que ele não se ateve a isso. Isso eu tenho cobrado. Se ele não se ateve a um problema que ele causou, é obrigação dele consertar ou pagar a multa, dívida, o problema que teve. Eu acho que isso pode ter incomodado também. Mas eu o tenho questionado e questionado muito. Tenho cobrado muita coisa, entendeu? Isso pode estar incomodando. É a função do conselheiro. Quando entrei, deixei claro que não seria mais um. Já ouvi de tudo e vou cobrar. É nossa obrigação. Se isso agrada ou desagrada, que peça para sair.

O Sr. pretende processar o presidente Leco? Por ele ser remunerado, pode haver um pedido de impeachment?

Tudo. Tudo pode acontecer. Nós estamos com assessoramento jurídico, um advogado e tenho uma reunião para ver qual atitude vamos tomar. Com certeza, vamos tomar uma atitude. Não tenha dúvida. Ele não pode ter uma atitude dessas, na frente de todo mundo, numa sala do Conselho do São Paulo. Isso é um absurdo o que ele fez comigo. Não é cabível. Isso não sou só eu que estou falando. As pessoas que estavam lá, os conselheiros que estavam lá e viram.


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