Novo Hamburgo foi gigantesco. Entra para a história, merecidamente
Alexandre Praetzel
O Novo Hamburgo quebrou a hegemonia da dupla Grenal, 17 anos depois do Caxias, último time do interior a levantar a taça, em 2000. Conquistou o título gaúcho com a melhor campanha em todo o campeonato, pela primeira vez. Em seis partidas, não perdeu para Inter e Grêmio e superou os grandes na semifinal e final. Em 106 anos, conseguiu o improvável para muita gente. Passa a integrar um seleto grupo, num estado onde é muito difícil superar os gigantes da capital.
Com uma folha salarial menor do que os reservas de Inter e Grêmio, o Novo Hamburgo entra para a história dos Estaduais. Parabéns ao técnico Beto Campos, o jovem goleiro Matheus, o experiente zagueiro Júlio Santos, o volante Jardel, o meia Juninho e o atacante João Paulo, bons destaques da equipe anilada.
Um feito extraordinário, num futebol brasileiro onde os maiores são cada vez maiores e os menores seguem diminuindo em receita e competitividade. Por isso, os Estaduais ainda precisam existir, mesmo que num modelo mais enxuto e atraente. Se não houvesse o Gaúcho, o Novo Hamburgo dificilmente conseguiria ser campeão na sua linda trajetória. Parabéns Novo Hamburgo. Reconhecimento nacional de um grande trabalho.