Osório superou Low. Ochoa, um monstro! México foi demais sobre a Alemanha
Alexandre Praetzel
O México fez história e, mais do que isso, com organização e futebol, diante da forte Alemanha. A seleção do colombiano Juan Carlos Osório jogou muito bem, dentro da sua proposta, e conseguiu segurar os campeões do mundo, ganhando por 1 a 0. E se ainda houvesse mais calma e qualidade, o placar seria maior pelo desespero alemão, no segundo tempo.
Na primeira etapa, o México surpreendeu e ficou em cima da Alemanha, todo o tempo. Marcou forte, neutralizou as jogadas pelos lados e abriu um buraco no meio, encontrando espaços para os contra-ataques. Mesmo com a recomposição alemã, conseguiu chegar sempre com perigo à meta de Neuer. O gol até demorou a sair, mas veio com Lozano, aos 35 minutos. Vantagem justa pelo aproveitamento mexicano. Atrás, Ochoa tranquilizava a equipe, com suas defesas.
Na volta do intervalo, a Alemanha veio para o tudo ou nada e se desorganizou. Low encheu o time de atacantes e ficou exposto. Osório retrancou o México, mas não deixou de agredir a Alemanha. O México teve três oportunidades claras para fechar a conta, mas desperdiçou por falta de tranquilidade e técnica, também. O jogo ficou defesa X ataque. Eram 21 jogadores no campo mexicano, mas aí apareceu Ochoa. Com quatro Copas no currículo, ele assumiu a bronca e parou os alemães. Um goleiro, assim como Neuer, que agarra as bolas, sem soltá-las ou rebatê-las.
Uma vitória histórica do México sobre uma Alemanha qualificada, mas sem a frieza de anos anteriores. Joachim Low pareceu pressionado e tomou atitudes que bagunçaram seu esquema de jogo. Claro que ainda faltam duas partidas, mas a Alemanha já fica na berlinda contra a Suécia. Será que correrá riscos de ser eliminada na primeira fase? A equipe não foi bem.
Já o México pode, finalmente, terminar em primeiro. Só depende dele. Uma grata surpresa.