Flamengo jogou para 3.465 pagantes. Não pode. O Cariocão é uma tristeza
Alexandre Praetzel
O Flamengo, clube de maior torcida do Brasil, jogou para 3.465 pagantes contra o Madureira, no Engenhão. Foi a abertura da Taça Rio, segundo turno do Carioca. A renda foi de R$ 105.520,00. Um fiasco do tamanho do Rio de Janeiro. Não é possível que a diretoria, comissão técnica e jogadores gostem disso, mesmo que a partida não valha nada, após o Fla ganhar a Taça Guanabara.
O Flamengo tem 122 anos de história e não tem um estádio próprio. A Ilha do Urubu não conta e nunca contará. Se o Fla tivesse sua casa, imaginem a diferença financeira que abriria em relação aos adversários. Está pagando para jogar. É lastimável.
O Rubro-Negro poderia liderar uma mudança no futebol brasileiro. Tem força, poder, dinheiro e torcida. Mas todos os dirigentes que passam por lá, parecem que querem deixar tudo como está.
O jornal LANCE! publicou o ranking financeiro dos times brasileiros, nestas primeiras rodadas dos Estaduais. Enquanto o Flamengo tem prejuízo, o Palmeiras faturou mais de R$ 4 milhões de renda líquida, seguido do Corinthians, com R$ 1,8 milhão, e o São Paulo, com R$ 1,5 milhão. Uma hora, essa diferença vai pesar, mesmo que o Fla esteja se reorganizando há cinco anos.
Parece que o caminho do estádio próprio não tem volta. Para evitar essa tristeza, num campeonato de futebol no Brasil.