São Paulo ganhou, mas também escapou da derrota. Botafogo foi superior
Alexandre Praetzel
Trabalhei em São Paulo e Botafogo-SP, no Morumbi. Com 13.624 pagantes silenciosos no primeiro tempo e vaiando o time, ao final da etapa. O São Paulo não foi bem, novamente. Atuou num esquema bem definido no 4-3-3, com Nenê como armador principal, Petros chegando bastante ao ataque e Marcos Guilherme e Brenner bem abertos nas pontas. Houve um latifúndio no meio-campo para o Botafogo mandar no setor e ameaçar o São Paulo em bolas paradas, chutes e contra-ataques. Sidão teve sorte, com duas bolas chutadas na trave. O São Paulo cobrou muitos escanteios, mas sem nenhuma finalização perigosa.
Depois do intervalo, Cueva voltou no lugar de Brenner e a equipe ficou mais equilibrada. Chegou ao gol, numa combinação pela esquerda, cruzamento de Reinaldo e conclusão de Diego Souza, dentro da área. Parecia que o São Paulo assumiria o controle do jogo, mas não foi isso que aconteceu. O Botafogo se manteve em cima e obrigou Sidão a duas defesas difíceis para evitar o empate. Claro que Cueva deu mais dinâmica e velocidade, só que isso foi pouco. O São Paulo não foi melhor em nenhum momento, mesmo conseguindo o segundo gol no pênalti cometido por Serginho em Bruno Alves, convertido pelo peruano.
Óbvio que os três pontos são muito importantes num início de temporada desgastante. Agora, se o Botafogo largasse na frente, o São Paulo sofreria muito pelo físico, uma formação inédita e ausência de um padrão de jogo. Desta vez, escapou contra um adversário pequeno. Diante de oponentes mais qualificados e poderosos, chances concedidas poderão resultar em resultados muito negativos.
Na justiça da bola, o Botafogo deveria ter vencido por 4 a 2. Como isso não ocorreu, o São Paulo deve comemorar, sem exaltação. Há um longo caminho pela frente.