Reage Vasco! A ditadura está acabando
Alexandre Praetzel
Sou gaúcho, mas desde criança ouvi muitas histórias do Vasco, através do meu pai, fanático por futebol. Ele me falava dos grandes times da história vascaína, como o Expresso da Vitória, marcante na década de 40, e o campeão brasileiro de 74, superando o grande Cruzeiro da época. Cresci e herdei a paixão pelo esporte e fui trabalhar com jornalismo esportivo.
Vi o Vasco ganhar o Brasileiro mais três vezes(89, 97 e 2000) e a Libertadores em 98. Sempre com ótimos times e jogadores. Respeitado e temido. Com uma grande torcida espalhada pelo Brasil. Mas a conta chegou, com o clube sendo vitimado pelas péssimas administrações de Eurico, Roberto Dinamite e Eurico. Três rebaixamentos e títulos para pagar, não ganhar. Teve uma Copa do Brasil e um vice brasileiro em 2011, mas com gastos fora da realidade. Todo mundo sabia que aquilo era irreal.
Agora, chegou a hora de reerguer o clube. Não conheço Júlio Brant, o próximo presidente. Me parece bem intencionado e pronto para a bomba que vai encontrar. No discurso, sabe da grandeza do Vasco e de como sócios, torcedores e simpatizantes devem ser tratados. A favor da instituição, sem se aproveitar dela. O palavreado euriquista de ''Eu sou Vasco antes de tudo'' foi para o espaço, depois dos últimos acontecimentos. A equipe voltará a disputar a Libertadores e o presidente está mais preocupado em atrapalhar a vida do próximo mandatário, vitorioso contra ele, nas urnas legítimas. Triste. Vergonhoso. Mas com data para terminar, finalmente.
O Vasco precisa ser arejado. Hoje, torcedores de vários estados torcem contra pela antipatia a Eurico. O cara que proibiu o repórter Lucas Pedrosa do Esporte Interativo de participar da entrevista coletiva porque ele revelou os desmandos da diretoria. O mesmo que proíbe o portal UOL de fazer a cobertura diária no CT de Vargem Grande. Caras que se acham donos do Vasco e têm alergia à verdade. Mas eles estão passando. O Vasco fica. A agenda positiva voltará.
Que Zé Ricardo consiga ter paz para levar o Vasco à fase de grupos da Libertadores e que o clube volte a ser admirado, e não ridicularizado, como nos últimos anos. Nem é preciso mais dizer ''Fora Eurico''. Ele já é passado.