Ralf diz que fica na China. Volante comemora rápida adaptação no país
Alexandre Praetzel
Ralf é um jogador que poderia ser ótimo reforço para muitos times do Brasil. Com contrato vencendo no Beijing Guoan da China, Ralf pretende continuar no mercado chinês. Aos 33 anos, o volante deve acertar novo compromisso com o próprio Beijing ou com outro clube. Em entrevista exclusiva ao blog, Ralf elogia a evolução no futebol chinês, o trabalho do Corinthians e o técnico Fábio Carille. Confira a seguir.
Valeu a pena ter trocado o Brasil pela China?
Sim, valeu muito a pena, principalmente, por ter sido uma oportunidade única para minha evolução pessoal. Vou levar essa experiência para toda a vida. Fui muito bem recebido e acolhido pelo povo chinês. Além disso, tive a oportunidade de conviver com profissionais de diversas nacionalidades, como italianos, espanhóis e alemães e, assim, conhecer um pouco de várias culturas. A China é uma potência e atrai pessoas de todas as partes do planeta.
O que te move hoje: parte financeira ou técnica para seguir jogando?
Enquanto eu tiver prazer e amor em jogar, farei de tudo para seguir adiante, motivado, com novos objetivos, tanto desportivos como financeiros.
Pretendes voltar ao Brasil para outro clube que não seja o Corinthians?
Me adaptei muito rápido na China, como um todo. Por isso, meus planos são de permanência por lá.
Como defines o futebol chinês em relação a outros países?
Um futebol em constante desenvolvimento e rápida evolução, com jogadores locais muito bons, alguns até com características muito semelhantes aos jogadores sul-americanos. Há um incentivo constante para que o povo chinês esteja sempre consumindo o produto do futebol.
O título do Corinthians te surpreendeu, dois anos depois?
Não, porque o Corinthians, desde o início do ano, mostrou que seria capaz de chegar aonde chegou, com uma eficiência acima da média.
O que tens a dizer sobre Fábio Carille?
Já o conheço a um grande tempo. Um cara que dispensa qualquer comentário, tanto como pessoa, como profissional.
Clubes brasileiros te procuraram para retornar?
Diretamente, nenhum.
Tens alguma história curiosa sobre tua presença na China?
Como todos os estrangeiros que chegam lá, nos levam até a feira de alimentos deles(risos), para conhecermos e provarmos, mas quando batemos o olho, a coragem vai embora.
Ralf chegou ao Beijing, em 2016. Disputou 57 partidas e marcou um gol. No Corinthians, foram seis temporadas com 396 jogos e oito gols. Ganhou Paulista, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Brasileiro.