Palmeiras já pensa no time de 2018 sem saber qual é o de 2017
Alexandre Praetzel
O Palmeiras pretende mudar a fotografia do elenco para 2018. Alguns jogadores serão emprestados, negociados ou não terão seus contratos renovados. E isso implica também em contratações. O melhor grupo do país terá novos reforços e o retorno de emprestados. Um goleiro, dois laterais, dois meias e um centroavante devem vir. Eu me pergunto se o Palmeiras precisa mesmo de novo balaio de atletas, se ainda não apresentou seu time em 2017. Ou alguém sabe dizer qual a formação titular e a tática do Palmeiras atual, quase ao final de setembro?
É um planejamento que queima muita gente. Reparem em Raphael Veiga. Aos 22 anos, chegou como grande revelação do Coritiba, com um contrato de cinco anos. Não houve ninguém que criticasse sua vinda. Custou R$ 4,5 milhões por 50% dos direitos econômicos. Participou de 21 jogos, poucos como titular, e marcou dois gols. Já é cotado para sair por empréstimo. Surgem versões de que sentiu o peso da camisa, não treina bem e não apresenta o mesmo desempenho do Coxa. Ora, o garoto não tem sequência, mas o imediatismo determina que ele não serve.
Raphael Veiga é inferior a Zé Rafael, meia do Bahia, e cotado para atuar no Verdão, em 2018? Para mim, não. Tu tens o jogador em casa, mas pode emprestá-lo para trazer um outro com as mesmas características. Difícil entender. Zé Rafael tem 24 anos e foi revelado pelo Coritiba. Apareceu bem no Londrina com 58 jogos e dez gols. No Bahia, fez 47 partidas com quatro gols.
Palmeiras pode pagar uma quantia mais Allione. Vale? Pode até valer, mas o critério é bastante discutível, tendo opções iguais no grupo com acordos longos. Não é a toa que o Palmeiras costuma começar a temporada com mais de 50 jogadores. Inexplicável. Pelo menos para mim.