Palmeiras precisa de paz e futebol. Caso Felipe Melo é mais um tumulto
Alexandre Praetzel
O episódio da saída de Felipe Melo, na véspera de uma partida do Campeonato Brasileiro, apenas demonstra o ambiente tenso do Palmeiras, desde que o ano começou. E isso passa pela diretoria. O Palmeiras abriu o ano como campeão brasileiro e projeção de grandes resultados com boas contratações. Mas nunca teve paz, até agora.
Vejamos. Eduardo Baptista chegou com a convicção de Alexandre Mattos, respaldado pelo presidente Maurício Galiotte. Passou quatro meses sob bombardeio da torcida e repleto de desconfiança. Quando ganhava, o adversário era fraco. Nas derrotas, o treinador não sabia nada. E o incêndio começou. O Palmeiras caiu para a Ponte Preta no Paulista e Eduardo caiu, logo após a derrota para o Wilsterman-BOL, na Libertadores.
Cuca veio como Salvador da Pátria, sim. Explosões de alegria e quase a unanimidade do torcedor. Outros reforços desembarcaram com ele, mas nunca o Palmeiras teve um time. Estamos no final de julho. Borja foi desvalorizado, Felipe Melo não serve, o Brasileiro não dá mais. E o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil.
É bom olhar para dentro do vestiário. Cuca é bom treinador, mas o ''treinadorismo'' nunca deu muito certo em gestões amadoras do nosso futebol. E aí, a cobrança se direciona para quem manda. Com Paulo Nobre, havia comando e blindagem até excessiva, mas tudo em prol das vitórias dentro de campo. Agora, o Palmeiras vive sob ebulição e aumentou a pressão para o jogo contra o Barcelona de Guayaquil, dia 09 de agosto, pela Libertadores. Cuca puxou toda a responsabilidade para si, com os dirigentes ao lado. Se ganhar, tudo bem. Se for eliminado, pode cair todo mundo. A tônica será essa.
O Palmeiras precisa de paz e futebol. Mas ainda não encontrou.