Reservas do Palmeiras precisam mostrar mais. Só quantidade não basta
Alexandre Praetzel
O Palmeiras foi muito mal contra a Chapecoense. A alegação de Cuca para escalar um time quase reserva foi a maratona de jogos pela frente e o risco de lesões. Ok. O elenco tem qualidade e quantidade para resolver partidas, mas não é isso que estamos vendo. Sempre fui a favor de Raphael Veiga, contratado pela sua técnica apurada. Só que o meia deixa seus defensores pendurados. Recebe chances e não consegue se desenvolver na equipe.
Keno assinou por quatro temporadas, mas não é nome para o Palmeiras, na minha opinião. É um atacante de time médio, para atuar em função dele. No Palmeiras, precisa definir numa bola e não consegue. O mesmo vale para Érik. Em 2016, foi trazido do Goiás por R$ 14 milhões e não aguenta o Palmeiras. Quando entra, a impressão é de que fica menor do que parece.
Fabiano ganhou a moeda da sorte quando foi adquirido em definitivo. O gol do título brasileiro diante da Chapecoense, assegurou sua permanência no Verdão, mas joga bem menos do que pensam os dirigentes palmeirenses. Hyoran teve poucas oportunidades até agora e não dá para tirar muitas conclusões. Tem potencial.
Michel Bastos e Thiago Santos são úteis e Antonio Carlos foi bem. Juninho mostrou segurança, estreando como titular.
Um grupo de atletas com tantas opções pode e deve render mais. Quem não der conta do recado e se acomodar, não serve. Time grande é assim. Acho que Cuca já notou isso. É esperar para ver.