Palmeiras vê Cuca mais longe, mas aguarda até o fim para buscar plano B
Alexandre Praetzel
O jogo do título brasileiro contra a Chapecoense, domingo, no Allianz Parque, pode ser o último de Cuca à frente do time, em São Paulo. O treinador dá mostras de que não vai renovar com o clube, apesar de ter dado sua palavra à diretoria, em setembro. Alguns fatos recentes demonstram esta situação. Vamos a eles.
– Cuca deu sua palavra e apertou as mãos de Nobre e Galiotte, garantindo que iria permanecer no clube, após o Brasileiro, assim que Galiotte foi confirmado como candidato único à presidência. A renovação seria por dois anos. A atitude bastou aos dirigentes, seguros com o futuro do técnico;
– Com o passar dos dias, alguns comentários chegaram aos dirigentes de que Cuca estava afirmando à amigos de que não renovaria o contrato com o Verdão. Nobre e Galiotte sempre se mostraram tranquilos porque confiavam no compromisso verbal, acertado anteriormente;
– Na quinta-feira passada, antes do jogo diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte, alguns jornalistas mineiros revelavam que Cuca tinha comentado com ex-companheiros do Galo de que não ficaria no Palmeiras;
– Cuca concedeu uma entrevista ao jornal italiano ''Gazzetta Dello Sport'', onde declarou que pretende fazer um estágio na Europa em 2017. As declarações chamaram a atenção dos dirigentes, que o questionaram se aquilo era verdade. Cuca desconversou e deixou um ponto de interrogação no ar;
– Galiotte e Alexandre Mattos queriam um posicionamento de Cuca sobre a contratação do atacante venezuelano Guerra. Cuca não se manifestou e os dois encaminharam a negociação, para não perder a chance de contratá-lo;
– Nobre e a diretoria já não têm a certeza se Cuca irá manter a palavra e renovar. Nos bastidores, admitiram a possibilidade de saída, mas vão aguardar até o final.
Cuca é a prioridade. Publicamente, não fala sobre o assunto. No momento, a tendência é a saída de Cuca. Alexandre Mattos ficará na gestão de Galiotte por mais dois anos.