Cristóvão merece paz no Corinthians
Alexandre Praetzel
Cristóvão Borges paga o preço de substituir Tite, no comando do Corinthians. Desde que chegou, as comparações são difíceis para o treinador. Mesmo assim, ainda mantém o time na 4ª colocação do Brasileiro e com chances de seguir na Copa do Brasil.
Qual treinador suporta as saídas de titulares importantes em meio a um campeonato? E sem as reposições devidas? As críticas dos torcedores são normais, mas exageradas. Cristóvão foi gênio na vitória sobre o Sport ao sacar um volante e lançar um atacante, vencendo por 3 a 0. Contra o Santos, foi crucificado porque tentou uma formação defensiva, quando dominava a partida com vitória parcial por 1 a 0. Se não tivesse perdido, seria parabenizado. Não deu certo, não serve para o Corinthians. Não pode ser assim.
A cultura resultadista do Brasil só atrapalha e torna a pressão insuportável no dia-a-dia dos profissionais. Quem sabe não esperamos o final da temporada para sermos definitivos? Se o Corinthians ganhar um título, será um acaso pelas dificuldades do ano e decisões da diretoria. E isso nenhum treinador poderia garantir. Afinal, dez jogadores deixaram o Corinthians de janeiro ao final de agosto. Até os grandes europeus sentiriam.