Blog do Praetzel

Arquivo :

Lucca joga mais que Henrique Dourado e Gilberto
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Corinthians está atrás de um substituto para Jô, negociado com o Nagoya Grampus do Japão. Júnior Dutra foi contratado do Avaí, mas faz uma função diferente. Ontem, Henrique Dourado e Gilberto foram colocados como possíveis reforços.

Henrique deixou claro que pretende sair do Fluminense e o Corinthians surge como candidato, ainda que o presidente Roberto de Andrade tenha afirmado que o clube desistiu do jogador. Em 2017, Henrique foi o goleador do Brasileiro ao lado de Jô, com 18 gols marcados. Na temporada, fez 32 gols em 59 partidas pelo tricolor carioca, numa formação ofensiva. Só que R$ 8 milhões por 50% dos direitos econômicos, me parece demais.

Gilberto está livre no mercado e sofre forte rejeição da torcida corintiana por um episódio de quase sete anos atrás. Em 2011, Gilberto surgiu bem no Santa Cruz-PE e apalavrou um acordo com o Corinthians. Próximo da assinatura do contrato, Gilberto recebeu uma oferta financeira superior do Inter e desembarcou em Porto Alegre. A atitude revoltou Andrés Sanchez, presidente do Corinthians naquele ano, gerando uma antipatia geral. É difícil que ele seja contratado.

Agora, acho que nenhum dos dois joga mais que Lucca. Mesmo que tenham características diferentes, Lucca poderia ser um falso 9. Tem boa técnica, posicionamento e capacidade de conclusão. Lucca chegou no segundo semestre de 2015 e ajudou o Corinthians a ser campeão brasileiro. Tanto que Tite pediu sua aquisição em definitivo. Depois, assinou por quatro anos e não repetiu as boas atuações.

Emprestado à Ponte Preta, disputou 61 partidas e anotou 24 gols. Foi vice-campeão paulista jogando bem. Caiu com a Ponte para a Série B, mas foi o melhor do time, sem dúvidas. Receberá oportunidades de Fábio Carille e pode voltar a ser muito útil para o Corinthians. Pertence ao clube e custará bem menos que outros atletas. Acho que falta um pouco de boa vontade com Lucca. Não que ele seja um monstro, mas na bola, supera muitos concorrentes.

Hoje, vejo Lucca maior que Henrique Dourado e Gilberto, antes da vinda de uma reposição ideal para Jô.


O que Jô dirá para Rodrigo Caio, no jogaço de domingo?
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O “bom moço” X A “Lei de Jô”. Acho que é uma denominação que será lançada para projetar o clássico entre São Paulo e Corinthians, domingo, no Morumbi. De um lado, Rodrigo Caio, adepto do fair-play, o cara que salvou o próprio Jô da suspensão da semifinal do Paulista. Do outro, Jô, com o futebol recuperado no Corinthians e goleador do time no Brasileiro, mas detonado por muita gente por não admitir o gol de mão contra o Vasco, levando vantagem com a irregularidade.

Estarei no estádio e estou curioso para ver o encontro dos dois. O que Jô dirá para Rodrigo Caio? Nada? Pedirá desculpas? Só um aperto de mão trivial? A realidade é que a comparação ficou ruim para Jô. Rodrigo Caio foi cumprimentado por todo mundo pelo ato generoso e honesto. Isso ajudou até na sua convocação para a Seleção Brasileira, certamente. Jô ficou com a imagem de incoerente. Defendeu a postura de Rodrigo Caio, mas não conseguiu ter a mesma atitude do colega de trabalho. Esse duelo já turbina ainda mais o ambiente da partida. A disputa entre os dois será muito interessante. Rodrigo Caio mais motivado do que nunca e Jô podendo responder com gols.

O São Paulo joga para tentar sair do Z4 e atrapalhar a vida do Corinthians. O Corinthians joga para tumultuar ainda mais a vida do rival e disparar rumo ao título. Já foram vendidos mais de 40 mil ingressos. Que promessa de jogaço. E com vários motivos para ter todas as atenções da semana.


Jô me surpreendeu e virou o melhor jogador do Paulista
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Quando o Corinthians anunciou a contratação de Jô, confesso que não fiquei muito entusiasmado. Ele vinha em queda técnica e sob muita desconfiança, após deixar o Brasil, depois de fazer parte do elenco da Seleção Brasileira, no fiasco da Copa do Mundo de 2014. Jô ficou marcado como um jogador pouco comprometido e com problemas disciplinares, fora de campo. Foi para o mundo árabe e voltou ao Corinthians, numa contratação sem badalação, com três anos de contrato e pagamento de R$ 1,5 milhão de comissão ao empresário. As críticas foram muito grandes, na mídia e entre os torcedores.

Em setembro de 2016, Jô começou a treinar e ganhou elogios de todos, prevendo um bom ano de 2017. Fábio Carille parecia enxergar longe ao apostar no desempenho do atacante. Jô ganhou confiança, teve boas atuações e marcou cinco gols em cinco clássicos. Despontou como o principal nome ofensivo do Paulista. Claro que o Estadual não é parâmetro para maiores desafios, mas Jô foi bem contra os grandes rivais corintianos e isso fortalece sua participação. Não o vejo convocado para a Seleção Brasileira porque há opções melhores e superiores na parte técnica. Agora, aqui na terrinha, Jô foi o melhor jogador do Paulista, na minha opinião. Se vai manter a eficiência num Brasileiro competitivo e difícil, prefiro aguardar. Como futebol é momento, deixo esta avaliação.

Estendo a análise para a Seleção do torneio. Cássio; Samuel Santos(Botafogo), Pablo, Edu Dracena e Guilherme Arana; Felipe Melo, Fernando Bob(Ponte Preta), Rodriguinho e Jadson; Pottker e Jô.

Técnico: Fábio Carille. Talvez, melhor do que todo o time do Corinthians.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>