Blog do Praetzel

Santos pode ganhar Brasileiro e Libertadores, mas não quer tentar

Alexandre Praetzel

O Santos enfrenta o Botafogo, neste sábado, com apenas um titular em campo. Levir Culpi vai poupar jogadores e três desfalques por suspensão. Tudo bem que o Santos tem um jogo decisivo, quarta-feira, e o retorno de Guayaquil foi desgastante. Mas será que Zeca, Alison, Copete e Bruno Henrique não poderiam ser escalados?

O Campeonato Brasileiro também é importante. O Santos derrotou o Corinthians com autoridade e diminuiu a diferença para nove pontos. Se ganhar no Engenhão, baixa a desvantagem para seis e coloca pressão no Corinthians contra o Vasco, amanhã.

O Santos terá Vanderlei; Daniel Guedes, Luiz Felipe, Noguera e Orinho; Leandro Donizete, Léo Citadini e Jean Mota; Thiago Ribeiro, Kayke e Hernandez. Claro que o Santos pode vencer os reservas do Botafogo, mas obviamente teria mais condições com uma formação mais reforçada.

Não entendo e nunca entenderei esse planejamento. O Brasileiro não pode ficar em segundo plano. Em 2015, o Santos fez a mesma coisa, perdeu a Copa do Brasil para o Palmeiras e a vaga na Libertadores da América, em 2016. Os dirigentes vão cometer o mesmo erro. O Santos pode levar as duas competições ao mesmo tempo. Pode mesclar a equipe, quando entender necessário, mas descaracterizá-la tanto, é difícil de aceitar.

O Cruzeiro de 2003 sempre será minha referência. Ganhou a tríplice coroa com Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro, com 24 participantes e oito jogos a mais, na primeira disputa de pontos corridos. Se isso foi possível há 14 anos, por que não agora?