Blog do Praetzel

Palmeiras teve alma para vencer, mas ainda pode jogar mais na Libertadores

Alexandre Praetzel

O Palmeiras sofreu para ganhar do Peñarol-URU por 3 a 2, porque fez um primeiro tempo abaixo do normal, compensando com um time mais ajustado e competitivo na segunda etapa. Enfrentou um adversário que impõe muita tradição, mas pouco futebol dentro de campo, apesar de estar organizado. Ainda teve que aguentar uma má arbitragem do equatoriano Roddy Zambano.

O resultado buscado nos acréscimos, mostrou uma equipe que não desiste nunca, mas que não precisa passar por tantos apuros para ganhar uma partida. O Palmeiras tem o melhor elenco do Brasil e quem sabe, até da América do Sul. Pode jogar mais. Guerra foi o mentor da criação, mas a parceria não estava bem. Dudu foi muito marcado e Borja errou demais. O Palmeiras parecia estático demais num momento e alucinado em outros lances. Dá para equilibrar a formação, sem dúvida.

Claro que Libertadores se ganha também com alma e entrega e isso não faltou ao Verdão. O espírito parece que está assimilado pelos jogadores, mesmo que Dudu tenha caído na catimba uruguaia, com uma expulsão injusta. Os números mostram um líder do grupo com sete pontos e classificação encaminhada para as oitavas-de-final. Agora, não precisa sofrer tanto. Foi assim com o Jorge Wilsterman e depois com o Peñarol. Quem sabe, fora de casa, o Palmeiras consiga desempenhos melhores contra os mesmos adversários.

Eu, particularmente, gosto de futebol bem jogado, associado a bons resultados. E o Palmeiras tem condições de fazer isso. Que venham nos mata-matas.

 

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