Jô é o meu craque do Brasileiro. Arthur, a revelação
Alexandre Praetzel
Gosto de escolher os melhores de cada competição do calendário do futebol brasileiro. Chegamos à última rodada da Série A e listei os destaques, na minha opinião.
Cássio – Acho que foi regular o campeonato inteiro. Ganhou mais um Brasileiro e ainda colocou um pé na Seleção que vai à Copa do Mundo.
Fagner – Caiu bastante de produção no segundo turno, mas mesmo assim, não vi ninguém melhor que ele na posição. Precisa bater menos e pode jogar mais. Edílson, do Grêmio, foi um bom concorrente.
Edu Dracena – Aos 36 anos, manteve um equilíbrio nas suas atuações e produziu bastante com experiência e posicionamento. Pela regularidade, fico com ele.
Balbuena – O paraguaio foi o melhor do Brasileiro. Gols importantes, segurança e estabilidade para o setor defensivo. Jogou também por Pablo e Pedro Henrique.
Guilherme Arana – Um primeiro turno de luxo. Depois, teve queda técnica, como quase todo o time do Corinthians. Muito bom no apoio ao ataque e nas conclusões. Vai para o Sevilha e é nome de futuro na Seleção Brasileira.
Arthur – Revelação do campeonato e motorzinho do Grêmio. Joga com desenvoltura e dá ritmo ao time. Grande destaque, já desperta interesse do Barcelona.
Bruno Silva – Aos 31 anos, apareceu tarde com qualidade. Me disse que melhorou muito, quando passou a atuar mais avançado, mesmo se considerando um volante. Desempenho muito bom.
Hernanes – Chegou em julho e entra no time dos melhores. Carregou o São Paulo nas costas e mostrou que é superior aos demais, após um período sem jogar na China. O melhor tricolor.
Luan – Para mim, lembra muito o argentino Riquelme. Esconde a bola como poucos, tem habilidade e facilidade nos chutes. Vai crescer mais, amadurecendo a cada dia. A Libertadores mostrou isso para todo mundo.
Jô – Critiquei sua contratação em setembro de 2016. Treinou quieto, se preparou e foi o grande nome da conquista do Corinthians. Super regular e com gols importantes na caminhada do título. O craque do Brasileiro.
Henrique Dourado – Goleador, num time inferior às tradições do Fluminense. Bate pênaltis como poucos. Entra na minha seleção porque mostrou oportunismo e entrou para a história dos artilheiros.
Fábio Carille – O técnico que é melhor que o time. Carille armou um esquema de jogo, aproveitando muito bem as características dos jogadores à disposição. Fez o melhor primeiro turno da história e não hesitou em mudar, na hora da pressão no segundo turno. Tem emprego pelos próximos dez anos, nos grandes clubes brasileiros.
Óbvio que haverá discordâncias e isso é bom para o debate. Acredito que o nível técnico do Brasileiro, deixou a desejar. Fruto de esquemas muito defensivos e cultura resultadista. Espero que a situação melhore, em 2018, com os clubes aprendendo a administrar o calendário mais extenso com competições simultâneas.
Uma nota 5,5 para o futebol do torneio.