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A intolerância com os times brasileiros. Nada presta. Ninguém serve
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Alexandre Praetzel

Seis times brasileiros entraram em campo na primeira rodada da Libertadores da América. Foram três empates, duas derrotas e apenas uma vitória. Até o Palmeiras vencer o Junior de Barranquilha, os debates estavam em torno da incompetência das nossas equipes em chegar aos três pontos.

A gritaria foi grande. Um absurdo, uma vergonha, como isso pode acontecer?, o futebol brasileiro está em decadência, foram algumas das frases e questões colocadas nas redes sociais, termômetro forte do dia a dia, apesar da intolerância e “desastrômetro” dominantes.

É aí que eu quero chegar. As atuações brasileiras foram razoáveis, na sua maioria, mas foram apenas as primeiras, numa primeira rodada de um torneio que sempre foi difícil. Vamos observar com critério e ver que há adversários do outro lado, que se preparam tanto quanto os brasileiros. Não mandamos mais na qualidade técnica. Ainda temos mais dinheiro e estrutura, só que é preciso competir em campo. Nós, brasileiros, precisamos ter humildade que o equilíbrio é uma constante. De 2014 a 2016, ficamos fora da decisão da Libertadores, para voltar a ganhar em 2017.

Ainda faltam cinco rodadas e o Vasco nem estreou.

“O Cruzeiro foi amassado”. “O Flamengo deu vexame(contra o River Plate, hein!)”. “O Corinthians não jogou contra ninguém”. “O Grêmio enfrentou um time de várzea”. “O Palmeiras não jogou nada e não vai longe, apesar de ter ganho”. “O Santos vai passar vergonha”. Frases definitivas e intolerantes. Nada serve. Ninguém presta. O imediatismo tomou conta de tudo.

Nem ao céu, nem ao inferno. Não vamos atropelar todo mundo e haverá dificuldades. Temos sete bons disputantes, talvez com Vasco e Santos, em inferioridade técnica e de elenco.

Agora, é bem possível todos os brasileiros se classificarem. E lembrando. Foi apenas a PRIMEIRA rodada.

Menos RESULTADISMO. Mais debate.


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