Blog do Praetzel

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O caos das redes sociais. Se elogio, sou bom. Do contrário, sou destruído
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Alexandre Praetzel

O meu post do blog, relativo à classificação do Palmeiras para a final do Paulista, foi alvo de muito extremismo e fúria por parte de torcedores palmeirenses. Em nenhum momento, tirei o mérito da conquista da vaga. Apenas, entendi que o Palmeiras deveria e poderia jogar muito mais contra um Santos inferior, tecnicamente.

Óbvio que clubes de maior potencial financeiro e investimentos têm mais chances de ganhar. Não significa que ganharão, mas são superiores aos adversários. O time de 2014 poderia ganhar como o de hoje? Até poderia, mas as possibilidades eram mínimas, pela falta de qualidade. Simples.

Em 180 minutos, o Palmeiras não foi bem. A melhor campanha no geral merece reconhecimento pelos números, mas oferece muito pouco no mata-mata. Só dá o direito de decidir em casa. Pouco, muito pouco.

Agora, reconheço que a gestão palmeirense é uma das melhores do Brasil e mantenho a opinião de que é o Clube a ser batido, futuramente. Financeiramente, vai abrir um abismo sobre a maioria. Mas não está imune a observações e críticas.

Gosto muito de debater com os palmeirenses e acho que eles são sensacionais na defesa da instituição. No entanto, bate uma tristeza com o extremismo diário. Se eu elogio, sou bom e coerente. Quando aponto alguma diferença, inferioridade ou crítica, sou destruído. É o caos e a bipolaridade. Entristece, porque as ofensas são enormes. Muitas vezes, sem rosto ou nome para responder. Uma covardia.

Isso vale para os outros também. Sou chamado de “Anti-Corintiano”, quando critico o Corinthians. Uma besteira do tamanho da torcida.

São-paulinos me elogiaram, quando critiquei Carille, no episódio infantil com Aguirre. Mas me atacaram, porque não achei o São Paulo favorito contra o CSA-AL, em jogo único e sempre perigoso.

Continuarei com meu trabalho e sempre respeitando quem aceita teses e debates. Mas que o brasileiro é intolerante e absolutista, é pura realidade. Uma pena.


Pai de Neymar preferiu o ataque ao debate. Sofremos isso diariamente
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Alexandre Praetzel

O ex-jogador Casagrande, hoje comentarista de futebol, criticou a postura de Neymar dentro de campo, após a derrota do PSG para o Real Madrid. Em nenhum momento, atacou a pessoa e, sim, o jogador e seu desempenho. Ainda colocou torcedores e imprensa no mesmo balaio. Uma opinião forte, que pode ter apoiadores ou divergentes.

Acho que o contraditório sempre é saudável em qualquer debate. Duro e repugnante é quando acontece um ataque ao caráter, passado, feições ou vida pessoal. Neymar Pai partiu para a ofensa contra Casagrande. Ao invés de prestar atenção e pensar um pouco sobre as palavras do ex-atleta, preferiu lembrar de problemas enfrentados por Casagrande e tratá-lo como “abutre” ou invejoso.

Eu sou Pai e procuro errar o menos possível com meus dois filhos, mas não fico passando a mão na cabeça deles, se vejo postura ou comportamentos inadequados. Sempre terão meu apoio, mas ouvirei quando alguém fizer uma crítica a eles, sem perseguição. Infelizmente, hoje ninguém pode dizer mais nada. Qualquer observação, opinião contrária ou crítica, é rebatida com extremismo, fundamentalismo, ataques verbais e morais.

Sou um adepto das redes sociais e tenho muita honra em ter um blog no Portal UOL. Cada post que gera insatisfação pública, invariavelmente, é acompanhada de um xingamento ou ofensa. É um negócio doentio. Parece que o importante é distorcer, rebater ou atacar.

Sou chamado de “Cara rachada”, “Boca torta” e “Nariz torto”, a cada instante. Tudo porquê não concordam com meus conteúdos jornalísticos e informações divulgadas. As pessoas esquecem que acidentes podem acontecer com qualquer ser humano.

No meu caso, fui atropelado por uma moto, em dezembro de 1978, quando tinha oito anos, em Porto Alegre. Quase morri, mas Deus me deu uma segunda chance. Meu rosto foi parcialmente destruído. Graças a um ótimo cirurgião plástico, houve a reconstrução. Vou agradecer o resto da vida por não ter sofrido nenhum problema neurológico ou fisico, mas as marcas do acidente ficarão para sempre. Não estou posando de vítima, só ressaltando como procuram te atingir por algum problema pessoal, ao invés de divergir ou debater. Isso incomoda, sem dúvida.

E vale para todo mundo que tenha tido algum “acidente” de percurso. No caso Casagrande X Neymar Pai, eu sou Casagrande. Neymar Pai preferiu o “pode tudo” ao atacar um crítico do filho, que já o elogiou anteriormente. Foi mal. Muito mal.

Mais debate e respeito ao contraditório. Menos violência verbal e mais educação. Ainda acredito que isso possa existir.


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