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Beletti vê Coritiba subindo de patamar e defende negociação com Ronaldinho
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Alexandre Praetzel

“O Coritiba pode sim, alcançar outro patamar no futebol brasileiro”. A declaração é de Juliano Beletti, multicampeão como jogador, com troféus da Champions League e Campeonato Espanhol pelo Barcelona e o título de Campeão do Mundo, pela Seleção Brasileira, em 2002. Beletti deixou a função de comentarista de TV para aceitar o desafio de ser Diretor de Relacões Internacionais do Coritiba. Empolgado com o novo cargo, Beletti concedeu entrevista exclusiva ao blog, projetando parcerias interessantes e crescimento do Coritiba, a médio prazo. Leia abaixo.

Função no Clube

“É uma função que as pessoas têm confundido um pouco. Não tem nada a ver comprar e vender jogador. Não tem nada a ver com departamento técnico do clube. Aproveitar contatos ao longo da carreira e hoje em dia, para gerar negócios para o clube em terras internacionais. Não só patrocínio, mas divulgar a marca Coritiba. Campeão em 1985 e com dois vice-campeonatos da Copa do Brasil. O Coritiba precisava de um salto para criar uma possibilidade de negócios internacionais, para mostrar o clube na Europa. Queremos que agentes e empresas internacionais nos procurem diretamente, com foco maior em empresas. Só farei meio-campo em nível de consultoria para determinado assunto. Fui convidado para visitar o Villareal da Espanha, para saber como era o Coritiba, metodologia de trabalho, para quem sabe, um trabalho em conjunto com intercâmbio e amistosos. Conseguindo abrir espaço para o Coritiba nestes mercados, você atrai atenção de empresas. Estou gostando de viver essa experiência. O clube está deixando eu trabalhar para atingir metas e objetivos. Mandamos 15 jogadores para as seleções de base no ano passado”.

Tentativa de contratar Ronaldinho Gaúcho foi um “mico”?

“Sinceramente, para o que eu estava buscando, não vindo a negociação, eu quero tirar proveito do que aconteceu. O nome do Coritiba foi mencionado no mundo inteiro com a possibilidade da chegada do Ronaldo. Só com a chance de contratá-lo, o Coritiba foi notícia na mídia espanhola, italiana, norte-americana. Quem nunca ouviu falar no Coritiba, graças a possibilidade que eu criei, não pensa como mico. Fui na Europa e as pessoas me perguntavam que o Ronaldo quase jogou no Coritiba. O Ronaldo nos recebeu e fez um proposta oficial, só que o Barcelona também o convidou para ser embaixador do clube e o Ronaldo ficou impossibilitado de fazer as duas coisas. Não vejo fracasso de jeito nenhum. Ao aceitar ser embaixador do Barcelona, choveu trabalho e ele ficou impossibilitado de fazer as duas coisas. Foi uma ideia de criar algo novo. Estava precisando arrecadar um pouco mais de sócios. Dei algumas opções de marketing a nível internacional e o Ronaldo foi uma delas, posição carente de meia no elenco. Os próprios funcionários do clube falaram o seguinte: pode ser que não saia negócio, mas mexeu com a mídia e o torcedor. Isso sempre é importante”.

Vês o Coritiba em outro patamar a médio prazo?

“Enxergo, porque está numa cidade extraordinária, que coopera com esta ideia. Tem gestão bastante equilibrada e número de sócios que pode ajudar muito. Estou aqui como consultor, o pessoal da base me chama para eu passar a experiência que eu tive como jogador internacional. Todas essas ideias é com o intuito de dar um salto, sem ficar na parte de baixo da tabela, melhorando a estrutura. Falo com todos os responsáveis dos departamentos de base dos clubes que eu visito para trazer algo novo para o Coritiba. Informação não tem preço. Sabendo transmitir e assimilar, é dar o próximo passo e a casa está arrumada”.

Consulta sobre novo técnico

“Já fui consultado. Me perguntaram se eu conhecia um nome que foi sugerido. Só fiz o contato pelas minhas relações no futebol. Nosso departamento técnico tem muitos contatos e podem chegar nos nomes, sem minha ajuda”,

Time do Coritiba

“A nível de comparação com os adversários do Paranaense, não conseguiu ainda atingir seu melhor nível. Troca de treinador atrapalhou, não tem jeito. Pachequinho é do clube, conhece jogadores e já começa a ter uma evolução. A nível do Brasileiro, ele e os jogadores sabem que tem que melhorar pouco a pouco. O Estadual pode servir para aprimorar o nível coletivo e competitivo. Pode ajudar nisso”.

Parceria com grandes times europeus

“Abrindo a possibilidade que alguma coisa possa acontecer, é onde eu tenho priorizado minhas forças. É tentar gerar alguma coisa para que os jogadores sejam mais conhecidos. A título de grandes europeus, meu objetivo é tentar criar um vínculo para que o Coritiba tenha as portas abertas nesses lugares. Estou conseguindo. As coisas estão andando. Têm várias coisas que podem acrescentar e fazer a diferença, se soubermos explorar e trabalharmos nisso”.

Aos 40 anos, Beletti tem contrato de dois anos com o Coritiba, com metas e objetivos para atingir como diretor de Relações Internacionais. Como jogador, Beletti vestiu a camisa de Cruzeiro, São Paulo, Villareal, Barcelona, Chelsea e Fluminense.

 


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