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Arquivo : Mário Fernandes

Mário Fernandes é um desperdício brasileiro. Estaria na lista de Tite
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Alexandre Praetzel

A Rússia está praticamente classificada para as oitavas-de-final com duas vitórias, oito gols marcados e o primeiro lugar encaminhado na fase de grupos da Copa do Mundo. A desconfiança dos donos da casa deu lugar a muita comemoração pelo bom desempenho, mesmo diante de duas seleções fracas como Arábia Saudita e Egito.

No time russo, tem o lateral direito Mário Fernandes. Ele nasceu em São Caetano do Sul e fará 28 anos, em setembro. Começou na base do São Caetano e foi para o Grêmio. Se destacou desde que surgiu. Podia jogar como lateral ou zagueiro. Fez 97 jogos pelo Grêmio e marcou três gols, de 2009 a 2012.

Em 2012, foi negociado com o CSKA Moscou. Já são seis temporadas como titular. Disputou 208 partidas e anotou dois gols. Neste período, ganhou três campeonatos russos e uma Supercopa. Atuou em jogos da Champions League, como titular. Se naturalizou e foi servir a Seleção local.

Aqui no Brasil, sempre ouvimos falar que Mário não tinha bom comportamento. O próprio admitiu que teve problemas disciplinares, bebendo e curtindo a noite. No entanto, por se tratar de um talento, parece que faltou alguém para acompanhá-lo e dar a assistência necessária, quando ele precisou. Deixar o Brasil e se adaptar na Rússia, rapidamente, não é muito fácil. Pela Seleção Brasileira, fez apenas um Super Clássico das Américas contra a Argentina e recusou a segunda convocação de Mano Menezes, em 2011. Voltou a ser chamado por Dunga, para uma segunda chance, em 2014. E parou por aí.

Em 2016, conseguiu a cidadania russa. E quando vejo Mário Fernandes vestindo outra camisa, o comparo com os laterais convocados por Tite. E bola por bola, acho que ele é melhor que Danilo e Fagner. O Brasil seguirá revelando jogadores, mas Mário Fernandes se junta a Diego Costa e Deco, em três casos que faltaram habilidade, conversas e calma para administrar situações. Se fosse hoje, talvez o assunto fosse bem melhor administrado por Tite e comissão técnica.


Sem “Revolução”, Rússia cumpre seu papel na abertura da Copa
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Alexandre Praetzel

Nos bate-papos e projeções de “bolões” da Copa do Mundo, cansei de ouvir que a Rússia não passa da primeira fase. As alegações de um time fraco, sem tradição e mal nos amistosos, foram os principais argumentos. Sempre caminhei do lado contrário e acho que a Rússia estará nas oitavas-de-final. A goleada de 5 a 0 sobre a Arábia Saudita, foi construída com um futebol eficiente e produtivo. Nada de técnica ou brilhantismo e nenhuma “revolução” tática. Óbvio que a Arábia Saudita é fraca, mas há seleções que não conseguem placares elásticos, mesmo enfrentando adversários piores. Mário Fernandes, lateral brasileiro naturalizado russo, teria lugar na lista de convocados do Brasil.

A estreia dos donos da casa sempre é aguardada com expectativa. O temor de um vexame passou rápido, quando a Rússia fez 2 a 0, sem problemas, no primeiro tempo. A tensão deu lugar a uma tranquilidade inesperada, unindo a torcida e os jogadores. Escore amplo e importantíssimo num provável desempate por saldo de gols, para definir os classificados.

Agora, a Rússia terá Egito e Uruguai. Acho que vence os egípcios e decide o primeiro lugar com os uruguaios.

Como brincadeira, comparei a Arábia Saudita, toda de verde, com a Chapecoense, transportando para o futebol brasileiro. E Apodi, Eli Carlos, Arthur Kaíque e Wellington Paulista seriam titulares da Arábia, se fossem naturalizados. A Arábia estreia com nova goleada, depois de ter levado 8 a 0 da Alemanha, em 2002. A passagem de volta já está marcada.


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