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Palmeiras e Inter estão devendo mais futebol. Verdão ainda é favorito
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter já fizeram grandes jogos pelo Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Na década de 70, tiveram dois grandes times e foram protagonistas. Se enfrentaram nas semifinais em 74, 78 e 79, com o Palmeiras levando a melhor nos dois primeiros anos e o Inter ganhando o Brasileiro invicto, depois. Óbvio que o futebol mudou(para pior) e os clubes se alternaram em altos e baixos. Nos anos 80, os dois foram mal. Nos anos 90, o Palmeiras teve três esquadrões. Nos anos 2.000, foi a recuperação colorada. Agora, o Palmeiras sobra na questão financeira e no elenco, diante de um Inter repleto de interrogações, após retornar da Série B.

O que esperar desse confronto? Acho que o Palmeiras é superior. Tem mais equipe, melhores jogadores e técnico. Não está provando dentro de campo e a única esperança colorada para um bom resultado, é a oscilação palmeirense, desde as semifinais do Paulista. Foram dois jogos apenas regulares contra o Santos, um partida boa e outra ruim frente o Corinthians e a perda do título estadual, além dos desempenhos abaixo da média nos enfrentamentos com Boca Juniors e Botafogo. Vai pegar um Inter pressionado e questionado diariamente pela inconstância em jogos maiores, ainda mais depois da eliminação da Copa do Brasil para o Vitória. Em 2016, foram quatro duelos, com três vitórias do Palmeiras e uma do Inter. O Palmeiras é favorito mais uma vez.

Na comparação, jogador por jogador, o blog avalia pelo momento.

Jaílson  X  Marcelo Lomba

Marcos Rocha  X  Edenílson

Antonio Carlos  X  Klaus

Edu Dracena  X  Cuesta

Diogo Barbosa  X  Iago

Felipe Melo  X  Rodrigo Dourado

Bruno Henrique  X  Gabriel Dias

Moisés  X  Patrick

Dudu  X  D’Alessandro

Keno  X  Nico López

Borja  X  Pottker

Roger Machado  X  Odair Hellmann

10×2 Palmeiras. Nos últimos anos, nunca houve uma diferença tão grande como agora, apesar do Palmeiras não estar jogando bem.

O blog dá o palpite para o jogo: Palmeiras 2×1.


Santos pagou para jogar contra o São Caetano. Onde isso vai parar?
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Alexandre Praetzel

Gosto muito do Santos e desde que me conheço por gente, sempre acompanhei os jogos do time. A história do grande esquadrão da “Era Pelé” é inesquecível. Agora, o Santos não pode viver só do passado, em relação à torcida. Tenho sido um árduo crítico da Vila Belmiro. O antigo alçapão faz parte da vida do santista, mas o estádio perdeu seu valor. Não adianta brigar com a realidade.

Enquanto o Santos tem jogado para uma média de cinco mil pessoas, com arredações pífias para o custo-futebol, os rivais faturam muito mais. Nesta quarta-feira, mesmo com o apelo de jogadores e comissão técnica, o Santos teve um público de 4.165 pessoas para R$ 92.490,00, contra o São Caetano. Ticket médio de R$ 22,20. O Santos pagou para jogar. A média de gastos para abrir a Vila Belmiro fica em torno de R$ 100 mil a R$ 110 mil. Contra o Bragantino, dia 22 de janeiro, as despesas ficaram em R$ 109.999,26. Triste. Ainda não entendo como há alguém que defenda isto. O Santos ficará para trás. O romantismo acabou há tempos.

Leiam o que escreveu o ex-diretor de futebol e membro do Comitê de Gestão do ex-presidente Luís Álvaro Ribeiro, Pedro Nunes Conceição, numa conversa via twitter, com o meu colega Ademir Quintino, sobre a pequena presença de público.

“Fica a dúvida: o torcedor vem abandonando o Santos ou sendo abandonado? A política vem destruindo o clube faz anos. O clube precisa virar empresa e ser vendido. Modelo com conselheiros não se sustenta mais. Fica a impressão de que estamos morrendo em doses homeopáticas…quero estar errado!”, afirmou o ex-dirigente. Palavras de um santista que esteve lá dentro e sabe das dificuldades financeiras, mesmo que o Santos tenha revelado inúmeros atletas e faturado com muitos deles.

É preciso um planejamento a médio prazo para resgatar a torcida e investir no marketing. Hoje, nem gerente de marketing existe na atual diretoria. O pensamento tem que ser grande, mas a grande torcida do Santos também precisa ajudar.


São Paulo ganhou, mas também escapou da derrota. Botafogo foi superior
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em São Paulo e Botafogo-SP, no Morumbi. Com 13.624 pagantes silenciosos no primeiro tempo e vaiando o time, ao final da etapa. O São Paulo não foi bem, novamente. Atuou num esquema bem definido no 4-3-3, com Nenê como armador principal, Petros chegando bastante ao ataque e Marcos Guilherme e Brenner bem abertos nas pontas. Houve um latifúndio no meio-campo para o Botafogo mandar no setor e ameaçar o São Paulo em bolas paradas, chutes e contra-ataques. Sidão teve sorte, com duas bolas chutadas na trave. O São Paulo cobrou muitos escanteios, mas sem nenhuma finalização perigosa.

Depois do intervalo, Cueva voltou no lugar de Brenner e a equipe ficou mais equilibrada. Chegou ao gol, numa combinação pela esquerda, cruzamento de Reinaldo e conclusão de Diego Souza, dentro da área. Parecia que o São Paulo assumiria o controle do jogo, mas não foi isso que aconteceu. O Botafogo se manteve em cima e obrigou Sidão a duas defesas difíceis para evitar o empate. Claro que Cueva deu mais dinâmica e velocidade, só que isso foi pouco. O São Paulo não foi melhor em nenhum momento, mesmo conseguindo o segundo gol no pênalti cometido por Serginho em Bruno Alves, convertido pelo peruano.

Óbvio que os três pontos são muito importantes num início de temporada desgastante. Agora, se o Botafogo largasse na frente, o São Paulo sofreria muito pelo físico, uma formação inédita e ausência de um padrão de jogo. Desta vez, escapou contra um adversário pequeno. Diante de oponentes mais qualificados e poderosos, chances concedidas poderão resultar em resultados muito negativos.

Na justiça da bola, o Botafogo deveria ter vencido por 4 a 2. Como isso não ocorreu, o São Paulo deve comemorar, sem exaltação. Há um longo caminho pela frente.

 


Borja fez sua melhor partida, mas Heber não deixou ele ser o destaque
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Cruzeiro fizeram um jogo muito bom, conforme o esperado. O primeiro tempo foi todo palmeirense, mesmo que tivesse sofrido um gol contra com menos de dez minutos. O time colocou a bola no chão, saiu da forte marcação e empatou a partida com oportunismo de Borja, após defesa de Fábio no toque de Dudu em cruzamento de Egídio. Em seguida, Keno perdeu chance de ampliar.

Só dava Palmeiras e aí apareceu Heber Roberto Lopes. O árbitro paranaense anulou o segundo gol de Borja numa falta inexistente no zagueiro Manoel. O defensor cruzeirense se jogou sobre o colombiano, pretextando uma infração. E conseguiu. Um prejuízo irreparável para o Palmeiras, que poderia estar na frente, no intervalo do jogo. Dudu ainda desperdiçou outra chance claríssima, na frente de Fábio.

Na segunda etapa, o Cruzeiro mudou a postura e complicou o Palmeiras. Mano Menezes abriu dois jogadores nas pontas, explorando os espaços deixados por Mayke e Egídio, fortes apoiadores do Verdão. Funcionou. O Cruzeiro perdeu duas oportunidades claras, atuando desta maneira. Depois de um bate e rebate no meio-campo, Thiago Neves lançou Robinho nas costas de Edu Dracena e o meia deu um toque por cima de Prass, recolocando o Cruzeiro em vantagem.

O Palmeiras não desistiu e seguiu pressionando. Fábio fez mais duas defesaças, evitando o empate, até que numa escapada pela direita, Dudu cruzou e Borja, com muita eficiência, igualou o placar novamente.

Borja fez sua melhor atuação, desde que foi apresentado pela diretoria. Buscou o jogo e sempre tentou o passe mais avançado, procurando a jogada ofensiva. Mesmo que erre, é uma característica de quem quer levar o time para a frente. Borja seria o destaque do confronto, com três gols marcados, mas Heber não deixou. O apitador pode ter decidido o Brasileiro por um lance que só ele viu. Qualquer árbitro de vídeo validaria o gol. Porque no jogo da TV, não há falta nenhuma.

Saí do Allianz Parque satisfeito por ter visto algo que eu esperava. Competitividade e bons lances com duas equipes bem armadas. Mas não posso silenciar diante do erro crasso de Heber. Mais uma vez, a arbitragem brasileira vira personagem, coisa que ninguém aguenta mais no futebol.