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Arquivo : goleiro

Aranha elogia Sheik por futebol de 600 mil e não vê absurdo em queda do SP
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta abre hoje as oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, enfrentando o Sport, em Recife. Será mais uma tentativa de buscar o primeiro título da sua história. Ao mesmo tempo, o time não descuida do Brasileiro, onde tem 28 pontos, dois acima do Vitória, 16º colocado na classificação. O blog entrevistou o goleiro Aranha sobre o momento da Ponte, a pressão por uma conquista, a disputa com o São Paulo e a presença de Emerson Sheik no elenco. Confira.

Pelos jogadores que a Ponte tem, é correto afirmar que não tem como o time ser rebaixado?

Ninguém pode cravar isso, né. Mas a gente tem caminhado bem. Durante o campeonato inteiro, a gente não entrou em momento algum na zona de rebaixamento. Isso é muito importante. Se a Ponte fizer o dever de casa, as coisas continuam tranquilas. Eu acho que é bom quando o treinador tem muitas opções para usar no elenco. Então, as vezes acaba faltando isso para a Ponte. A Ponte tem um grupo de bons jogadores, mas a gente sabe que tem momento que alguém vai machucar, sentir uma lesão, tomar cartão, estar mais cansado. É bom você ter mais peças à altura para repor. Mas a gente está sendo feliz, no critério de contratações da Ponte. São jogadores que brigam bastante o tempo todo, que têm qualidade e isso tem nos mantido vivos no campeonato.

É difícil disputar o Brasileiro com a desvantagem financeira e estrutural, em relação aos maiores adversários?

É bem complicado. A Ponte, graças a sua diretoria, tem feito um trabalho muito bom. Isso não é da boca para fora. Tem salário em dia. É uma obrigação? É, mas a gente sabe que alguns clubes não procedem assim. Tem um CT bom, estádio bom. Agora, não estamos em nível de disputar em igualdade com as outras equipes como São Paulo. Mas a gente conseguiu o empate, contra muito mais torcedores e num gramado rápido, onde o São Paulo está acostumado a jogar. Isso é de se exaltar.

A cobrança por um título atrapalha demais? Todos carregam isso?

Com certeza. Quem assimila o que é a Ponte Preta, quem está aqui há mais tempo, sabe que esse peso a gente carrega, sim. Estivemos próximos várias vezes de conseguir, mas não foi esse ano. Quem sabe o ano que vem, a gente consegue tirar esse fardo aí e aliviar essa pressão e a Ponte possa dar mais um passo. Que venham mais investimentos para que a Ponte tenha maiores chances durante o campeonato.

Você acha que o São Paulo vai cair? Hoje, parece ser um concorrente direto da Ponte.

Eu não sei se é um concorrente direto, hoje, porque a gente tem uma certa distância(28 pontos contra 24). Vamos jogar em casa, a gente tem tudo para poder fazer o dever de casa, que é o que todo o clube pensa, sem desmerecer ninguém, mas quando o time joga em casa, se espera vitória e trabalha-se para isso. Mas eu acho que, como outras grandes equipes do futebol já caíram para a Série B, isso mostra o equilíbrio do campeonato. Não seria nenhum absurdo, se isso vier a acontecer com o São Paulo. Lógico, que entristece o torcedor, a gente que gosta de futebol, sabe da grandeza desse clube, do que representa. Não é bom para o nosso futebol, para o nosso país, para aquele que gosta de ver um grande jogo, um grande espetáculo, não é legal. Mas o futebol é assim. As vezes, você tem tudo certo e as coisas não acontecem.

Emerson Sheik tem sido importante, depois de estar livre no mercado? Você concorda?

Concordo. Vem vindo muito bem. Como eu disse, a Ponte tem um orçamento curto para fazer esse tipo de contratação. A gente sabe que existe o respeito de um jogador com o outro, quando ele tem bagagem, história no futebol, quando ele é conhecido, isso atrai torcedor. A garotada gosta mais do clube e os adversários respeitam. Ele está jogando em alto nível, não está “roubando” como a gente diz, na gíria do futebol. Está jogando com prazer, se dedicando muito. Com certeza, é um jogador diferenciado e talvez, em outra circunstância, a Ponte não teria dinheiro para contratá-lo. Então, ele veio, está jogando futebol para quem ganha 500, 600 mil.

Depois do confronto com o Sport, a Ponte recebe o Atlético-GO, sábado, pelo Brasileiro. Todos consideram a vitória fundamental, para escapar um pouco mais da ameaça de rebaixamento.


Fábio merecia ser lembrado para a Seleção Brasileira. Há muito tempo
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Alexandre Praetzel

Assisti atentamente ao primeiro jogo entre Flamengo e Cruzeiro, na final da Copa do Brasil. Um confronto de muita pegada e pouca emoção. Algo normal em partidas tão decisivas. E nas raras chances ou finalizações a gol, apareceram os goleiros. E aí, cito Fábio, titular do Cruzeiro, desde 2005. Há quem diga que ele falhou no gol impedido do Flamengo. Não achei. E ainda mostrou segurança quando exigido, aparecendo na hora certa.

Fábio começou 2017, retornando de lesão e foi reserva de Rafael, até recuperar-se totalmente. Mano Menezes não pensou duas vezes em retorná-lo à condição de titular, quando achou necessário.

Fábio tem 716 jogos pelo time mineiro e não foi mais convocado para a Seleção Brasileira, após estar nos grupos da Copa das Confederações, em 2003, e Copa América, em 2004. Nos dois torneios, o Brasil era comandado por Carlos Alberto Parreira. Dunga, duas vezes, Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e Tite, chegaram ao selecionado e não chamaram o goleiro, mesmo com desempenhos em alto nível pelo Cruzeiro.

Sou defensor de Fábio e gostaria de vê-lo na Seleção, assim como Emerson Leão, técnico e especialista na função, com quatro Copas do Mundo no currículo. Sempre estranhamos tantas ausências. Um dia perguntei ao próprio Fábio, a razão de não ser lembrado e a resposta foi direta: “Não sei. Minhas atuações estão aí para mostrar”, afirmou, na ocasião, após um jogo contra o Corinthians, no Pacaembu.

Nos bastidores do futebol, já ouvi coisas como “muito religioso” e “complicado de vestiário”, versões e boatos que surgem para rotular alguém ou agradar a quem não gosta do atleta. Um profissional que tem mais de 700 partidas pelo mesmo clube e dono da posição em 12 temporadas, merece muito respeito e crédito.

Por isso, sigo sem entender. Por que Fábio não é chamado para a Seleção? Se jogasse num time de Rio-SP, a tolerância seria maior? Fato, é que Fábio é mais um injustiçado no futebol brasileiro. Azar da Seleção.


Prass, sobre renovação: “Nesses 15 dias sem jogos, vamos ver se evolui”
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Alexandre Praetzel

Fernando Prass vive a expectativa de renovar seu contrato com o Palmeiras. O goleiro encerra seu compromisso com o clube, em dezembro deste ano. Em entrevista exclusiva ao blog, Prass espera ter uma conversa com o presidente Maurício Galiotte, nesses 15 dias sem jogos, para definir seu futuro. Confira o bate-papo, a seguir.

O Palmeiras renasceu com a vitória sobre o São Paulo, no Brasileiro, ou isso é um exagero?

Acho que é um exagero porque daqui a 15 dias tem outro jogo e se perder ou tiver uma atuação ruim, volta tudo de novo. E o futebol, não só o brasileiro, o futebol em si trabalha muito em cima do resultado, da expectativa que se cria. E quando você não tem uma expectativa concreta como foi a nossa, de chegar mais longe na Libertadores, Copa do Brasil, as frustrações e as cobranças se potencializam. E óbvio que uma derrota ou até um empate domingo, iam trazer um peso muito grande para essas duas semanas. Agora, tem duas semanas, para aí sim, fazer um divisor de águas, ter uma sequência boa na competição e, quem sabe, aos poucos, buscar as posições a nossa frente.

Com oito pontos perdidos em jogos recentes, o Palmeiras poderia ter 44 pontos. Vocês relembram isso e fizeram essa matemática?

Tu sempre pensa isso, pensa sempre o lado positivo. Óbvio, se a gente tivesse ganho lá atrás de outras equipes, mas se a gente tivesse perdido para o Bahia, que ná época que nós fomos jogar lá, o Bahia tinha três jogos em casa, três vitórias e 12 gols marcados, tinha tomado um gol, a gente fez quatro. Fazia tempo que a gente não ganhava da Ponte, ganhamos da Ponte lá. Na realidade, é uma compensação. Eu acho que só o Corinthians está fugindo dessa média do Brasileiro. Tu ganhas alguns pontos, óbvio que tem que fazer um aproveitamento melhor em casa e a gente vinha de duas derrotas e buscar pontos fora. A gente está conseguindo buscar pontos fora. Então, fica mais ou menos na balança. Como eu falei, só o Corinthians que foge um pouco dessa compensação.

Qual a chance de renovar o contrato com o Palmeiras?

Difícil falar em chance, mas vamos ver. De repente, nessas duas semanas sem jogos, com essa vitória no clássico, a gente tem uma condição melhor de conversar porque era complicado, no momento que a gente estava, pensar individualmente, pensar no jogador. Como eu falei, tinha que abrir mão de qualquer vaidade e pensar no Palmeiras. Depois, quando as coisas se acalmassem, a gente pensava na gente. Vamos ver, nessas duas semanas, se evolui alguma coisa.

O Vasco te procurou para você voltar?

Não, não procurou.

Nenhum clube grande do tamanho do Palmeiras, te procurou?

Do tamanho do Palmeiras, é difícil(risos). Não. São coisas que, se eu te disser que não procurou, vai ficar aquela dúvida, e se eu disser que procurou…Não é uma coisa que se trata pela imprensa, né. Eu mesmo, se tivesse ou não uma proposta, não ia abrir para ninguém, a não ser para o Palmeiras. Falei isso para o presidente, que eu não assinaria um pré-contrato com clube algum, sem antes comunicá-lo. E aí, em cima disso a gente vai, nessa relação de confiança, a gente vai conversando.

A sinalização do Palmeiras é para renovar contigo?

O presidente deu uma entrevista esses tempos aí, falando que a ideia era que eu ficasse. Vamos ver, agora, com essas duas semanas sem jogos, com um pouco mais de tranquilidade, se a gente consegue conversar.

Fernando Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Foi campeão da Copa do Brasil, em 2015, cobrando o pênalti decisivo contra o Santos e foi campeão Brasileiro, em 2016. Aos 39 anos, já fez 241 jogos. Neste ano, perdeu a posição de titular para Jaílson.

 


São Paulo faz consulta por goleiro campeão da Libertadores
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está pesquisando o mercado sul-americano para tentar contratar um novo goleiro. Com Dênis de saída, Renan Ribeiro num impasse para renovar contrato e Sidão, longe de ser uma unanimidade, a diretoria deve trazer um reforço para a posição, em 2018.

O representante do argentino Franco Armani, titular do Nacional de Medellín, campeão da Libertadores da América, em 2016, confirmou o contato são-paulino, em entrevista à Rádio Guemes, de Buenos Aires. O blog teve acesso ao conteúdo, através do colega argentino Luís Fregossi.

“Sim, estamos conversando. Não há nada oficial, mas se comunicaram com meu sócio e comigo. Consultaram números, valores, e estamos analisando se pode haver a operação ou não. Estamos nesse processo e vamos ver se os valores são acessíveis ou não, para todos”, afirmou o empresário de Armani, Martin Araoz.

A cláusula de rescisão do contrato de Armani é de U$ 4 milhões, mas Araoz acredita numa redução.

“Já viajamos à Colômbia com Franco e falamos com os dirigentes e chegamos a um acordo que se houver uma proposta interessante para o clube e para Franco, se vai estudar e considerar tudo o que quiserem Franco e o Nacional. Assim, não há problemas, se chegar o real interesse do São Paulo, pode sair por um valor menor, obviamente”, ressaltou.

Araoz acredita que a chance de Franco Armani atuar pelo São Paulo, é vista com muita satisfação pelo jogador.

“Sim, São Paulo é uma equipe grande mundial e um clube interessante. Porém, não há nada firme ainda e não atrapalhamos nossos jogadores, até que tenhamos uma carta de intenções oficial. Ele está jogando normalmente. Há um ano, quando Bauza estava no São Paulo, havíamos falado algo. Obviamente, nos agrada, mas é algo entre os clubes. Nós sempre opinamos e falamos com o jogador. Vamos ver, se será interessante para Nacional e se houver o interesse do São Paulo, acho que não haverá problemas”, concluiu.

Franco Armani fará 31 anos, em outubro. Foi revelado pelo Ferro Carril Oeste da Argentina. Chegou ao Nacional, em 2010. De 2012 a 2017, disputou 171 partidas pela equipe colombiana. Conquistou a Libertadores da América e a Recopa Sul-Americana e cinco títulos nacionais.


Renan Ribeiro admite situação incômoda do SP e silencia sobre renovação
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Alexandre Praetzel

O São Paulo tem um confronto direto na luta contra o rebaixamento na Série A do Brasileiro, neste domingo. Enfrenta o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O tricolor tem 19 pontos na 17ª colocação contra 20 pontos do Bahia, uma posição acima na classificação. O blog entrevistou o goleiro Renan Ribeiro sobre o momento delicado do São Paulo e o apoio do torcedor, para ajudar o time sair da situação incômoda na tabela. Confira a seguir.

A luta contra o rebaixamento vai até o fim do Brasileiro? Dá para resumir desta maneira?

Claro. Desistir nunca. A gente sabe que não vem passando um bom momento. Viemos de um grande jogo no Rio de Janeiro e acabamos não fazendo um bom jogo contra o Coritiba. Mas, na situação que o São Paulo se encontra, o árbitro ainda marca um pênalti daqueles..No meu ponto de vista, nem dentro da área foi e se houve contato, não foi suficiente para marcar nenhuma falta, nenhuma penalidade. Uma vergonha, né. Mas, a gente tem que trabalhar, unir nossa equipe, unir as forças e o torcedor vir com a gente porque só desta maneira que a gente vai conseguir sair desta situação.

Você concorda que o segundo turno sempre é mais difícil que o primeiro, no Brasileiro?

No meu ponto de vista, eu não consigo pensar nessa situação. Eu consigo pensar jogo a jogo, independentemente se já vai virar o turno, a gente tem que saber que terá um grande jogo contra o Bahia, onde a gente pode fazer um bom resultado e pensar um jogo de cada vez, para a gente não ficar pensando lá na frente. Eu acho que a gente tem que fazer de cada jogo, uma decisão, porque só dessa forma que a gente vai conseguir sair dessa situação.

O torcedor compareceu em mais de 50 mil, nos últimos dois jogos, no Morumbi. Isso pode fazer a diferença?

O torcedor são-paulino está de parabéns por conseguir colocar esse número dentro do Morumbi. Sabemos que quando o Morumbi está lotado, eles fazem total diferença, como fizeram para a gente. Agora, cabe a nós como jogadores, procurar fazer o melhor de cada um para sair dessa.

Como está tua renovação de contrato com o São Paulo?

Cara, acho que isso aí, é melhor não falar.

A diretoria ofereceu um novo contrato de cinco anos para Renan Ribeiro e não pretende aumentar valores. O goleiro recusou, num primeiro contato, e não quis se pronunciar a respeito do assunto, apesar da insistência do blog.


Cuca define Jailson como novo goleiro titular do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Jailson é o novo titular do gol do Palmeiras. O blog apurou que o técnico Cuca determinou esta situação e dará sequência ao goleiro. Jaílson está mantido contra o Sport, domingo, na Arena Pernambuco, depois de voltar ao time no empate de 2 a 2 com o Flamengo, na última quarta-feira, quando defendeu um pênalti.

Em 20 jogos da Série A do Brasileiro, Jailson não perdeu nenhum, quando foi escalado na formação principal. Desde 2014, tem 29 partidas disputadas. Ele tem contrato com o Verdão, até dezembro de 2018.

Fernando Prass perdeu a posição e ainda não renovou seu compromisso com o clube, válido até o final do ano. Prass já pode assinar um pré-contrato com qualquer equipe. Ele afirma que ainda não recebeu nenhum contato da diretoria para iniciar qualquer negociação. Atualmente, Prass é representado pelo empresário Giusepe Dioguardi, o mesmo de Paulo Henrique Ganso.

Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Fez 237 jogos pela equipe.


Treinador de goleiros elogia trio e não vê necessidade de reforço no SP
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Alexandre Praetzel

Os goleiros do São Paulo ainda geram dúvidas entre os torcedores. Para muitos, Renan Ribeiro, Denis e Sidão são insuficientes para a posição, após a aposentadoria do ídolo Rogério Ceni. Internamente, os três são defendidos, mas nenhum deles conseguiu se firmar como titular absoluto. O blog entrevistou o treinador de goleiros, Haroldo Lamounier, a respeito da disputa pela função e a necessidade ou não de buscar um novo reforço. Leia abaixo.

Os goleiros do São Paulo estão em debate. A posição de titular está definida?

“O Rogério procurou dar oportunidades para todos, né, para poder mostrar qualidades, o que têm de melhor. Na minha opinião, o Renan foi muito bem nas partidas que foram dadas oportunidades. O Denis também voltou muito bem. O Sidão machucou, mas antes de se machucar, também estava muito bem. Agora, neste intervalo para a Copa Sul-Americana, a gente vai procurar trabalhar um pouco mais em relação aquilo que precisou de mais observação, para a gente dar sequência no trabalho”.

Renan está à frente de Denis e Sidão e ele é o titular absoluto?

“Ele pegou uns jogos difíceis e correspondeu. Então, a oportunidade agora é dele e ele está na frente por essa oportunidade e ele conseguiu segurar. Mas isso não quer dizer que Denis e Sidão não estejam nessa disputa ainda”.

É muito difícil substituir o Rogério Ceni?

“É uma referência do São Paulo e qualquer jogador que entrar nessa posição, vai ter um pouco de dificuldade pela cobrança que é. Mas eu acho que com o decorrer do tempo, eles vão conseguir apagar essa dificuldade que eles estão tendo, com atuações”.

Qual será a tua opinião, se a diretoria quiser contratar um novo goleiro?

“No momento, não. Eu acho que se os três atletas e inclusive, o Lucas Perri, que está chegando das categorias de base, têm condições de suprir qualquer deficiência no gol. Eu acho que eles têm a total condição de seguir como titulares, com Denis ou Renan ou Sidão e não há necessidade de contratar um goleiro”.

O Lucas Perri já merece uma oportunidade?

“Ele fez um bom ano de 2016. Está conosco agora, está evoluindo, tem recebido bastante elogio do Rogério e da comissão técnica e assim que ele tiver oportunidade, com certeza, vai dar o que falar, porque é um atleta de muita qualidade”.

Lucas Perri tem 19 anos e foi titular da Seleção Brasileira Sub-20, no Sul-Americano da categoria. Renan Ribeiro virou titular, após atuações irregulares de Denis e Sidão.


Diretor do SP vê Éverton Ribeiro longe do clube, mas time forte no Paulista
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Alexandre Praetzel

O São Paulo se posicionou oficialmente sobre o interesse no meia Éverton Ribeiro. O tricolor foi apontado como forte interessado no repatriamento do atleta, hoje nos Al-Ahli dos Emirados Árabes. O blog conversou com o diretor de futebol, José Jacobson, a respeito do assunto, possibilidades de conquistar o título paulista, contratação de um goleiro e desempenho da equipe. Leia abaixo.

Éverton Ribeiro

“Há três, quatro meses atrás, o empresário Robson Ferreira ligou para mim, dizendo que o Éverton estava insatisfeito nos Emirados, que queria voltar para o futebol brasileiro e que gostaria de jogar num clube como o São Paulo, clube do coração dele. Quando ele falou isso para nós, aceitamos, mas falamos que tínhamos um teto salarial, que não poderíamos furar. O São Paulo tem um planejamento bem clássico neste ano. Passei para nosso advogado, Alexandre Pássaro, que conhece o Éverton e ligou para ele. Aí o Éverton disse a ele que não era bem assim, que ele tinha contrato lá, que ele não podia sair de uma forma errada e tudo mais, acabou o assunto. Agora, voltou essa conversa, que o São Paulo tinha interesse. Na verdade, não voltamos a falar nem com o empresário, nem com o atleta. Como surgiu a informação que eram São Paulo e Palmeiras os interessados, Palmeiras descartou imediatamente porque estava sendo bem servido, pelo que vimos na imprensa. São Paulo também disse que não tinah interesse, aí apareceram Flamengo, Cruzeiro e outros clubes. Então, o fato hoje é que não temos interesse nele, a não ser que ele se enquadre no perfil financeiro do São Paulo, porque ele é um bom jogador, protagonista. O São Paulo não o procurou e se procurarmos, vamos conversar da forma como estou colocando”.

Estás satisfeito com o desempenho do time?

“Muito. O planejamento que nós fizemos no fim do ano passado, estamos seguindo à risca. O Rogério Ceni, comissão técnica e diretoria, estamos contratando justamente jogadores por posições, protagonistas, que vêm para somar. Quando eles não têm muito nome, como Tomás e Edimar, são jogadores que foram muito bem estudados pelo Rogério e por nós. Estamos muito satisfeitos. O São Paulo não compra mais jogadores de baciada. O São Paulo hoje estuda muito e está fazendo esse trabalho. Eu acho que o resultado está aparecendo. Temos feito algumas partidas que não fomos muito bem, mas na essência geral, estamos conseguindo atingir os objetivos”.

São Paulo contratará um novo goleiro?

“Não. Nós temos quatro goleiros, sendo que hoje o Renan está jogando um pouquinho mais, o Denis está num segundo momento, o Renan está recebendo a oportunidade que precisa por parte da comissão técnica. Estamos muito satisfeitos sim. O São Paulo está no caminho certo”.

São Paulo tem time para ser campeão paulista?

“Tem time sim. Os times não estão nivelados com muita diferença. O Palmeiras tem um elenco maior que os outros clubes, mas eu acredito que dentro de campo, dá para brigar. Não será fácil. Santos perdeu da Ponte Preta. Corinthians empatou com o Botafogo. Não tivemos facilidades contra o Linense, Palmeiras também não. Hoje, o São Paulo está no caminho certo. Estamos nesse caminho”.

O São Paulo não ganha o Paulista, desde 2005. O tricolor venceu o Linense por 2 a 0, no confronto de ida, pelas quartas-de-final. Sábado, pode perder por um gol, que estará classificado para as semifinais. Na Copa Sul-Americana, o tricolor estréia contra o Defensa Y Justicia da Argentina, quarta-feira, fora de casa.

 


São Paulo tem quatro goleiros e parece que não tem nenhum
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Alexandre Praetzel

O São Paulo enfrenta o mesmo problema de outros clubes, quando um grande ídolo se aposenta. Achar um substituto à altura para a posição. Rogério Ceni virou técnico e o tricolor ainda não tem um jogador que passe confiança aos companheiros e torcida, como goleiro titular.

Denis ficou quase sete anos na reserva de Rogério e foi o escolhido para substituí-lo. Assumiu a camisa Um com crédito interno, mas sempre com forte desconfiança nas arquibancadas. Teve uma fase titubeante na Libertadores da América, assim como todo o time. Depois, cresceu um pouco, até as semifinais do torneio, em julho de 2016. No entanto, nunca foi unanimidade positiva e sempre gerou reclamações dos são-paulinos. Agora, num revezamento com Sidão, parece que perdeu a confiança de vez. Contra ABC e Palmeiras, falhou novamente. Goleiro bom tem que pegar as bolas fáceis e difíceis, mas Denis não consegue transmitir segurança. Reparem nas reações dos colegas, quando a equipe leva os gols. Está claro que Denis precisa de uma reciclagem ou de um forte sistema defensivo para a bola não chegar ao seu gol. São Paulo exposto, mais bolas para defender.

Sidão ainda merece um pouco mais de paciência. Fez bom Paulista pelo Audax e foi bem no Botafogo. Mas também tem falhado em bolas aéreas e chutes adversários. O fato de ter sido contratado para ser titular, deveria aumentar sua confiança. Teve pequenas lesões que atrapalharam sua continuidade, mas está em debate.

Renan Ribeiro veio com boas referências do Atlético-MG. Teve poucas chances e não foi testado por muito tempo, em razão de inúmeras lesões. Está na hora de ter uma sequência para ver se serve ou não.

E ainda tem o jovem Lucas Perri, titular da Seleção Brasileira Sub-20. Não está inscrito no Paulista, mas poderia ganhar corpo na Copa do Brasil, ficando como alternativa. Citei o garoto e fui bombardeado nas redes sociais, com muita gente decretando que ele não tem condições de atuar no time principal. Calma.

Com goleiro não se brinca. Ou dá respaldo e banca a titularidade, aguentando críticas ou falhas, ou busca um reforço indiscutível no mercado, sob pena de continuar sofrendo gols e perdendo partidas. Quem, me perguntam? Sempre há alternativas. Papel da diretoria.


Grohe não esquece de Roger e prevê novas conquistas para o Grêmio em 2017
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Alexandre Praetzel

Marcelo Grohe é cria da base do Grêmio. Subiu ao profissional em 2005 e viveu o jejum de títulos nacionais, ora como titular, ora como integrante do grupo. Foi bicampeão gaúcho em 2006 e 2007 e campeão em 2010. Aos 29 anos, Marcelo curte a conquista da Copa do Brasil e acredita na volta natural dos grandes momentos tricolores, a partir de 2017. O goleiro conversou com o blog, com exclusividade. Acompanhem.

Significado do título da Copa do Brasil depois de 15 anos

“A ficha ainda está caindo! O jogo foi quarta-feira, então está tudo muito recente. O torcedor vinha machucado, queria uma conquista de expressão. Com certeza, significa muito. Isso já era possível dizer e sentir assim que o juiz apitou o final da partida. O Grêmio precisava dessa conquista por tudo o que representa para a sequência do trabalho”.

Conquista especial por sempre ter jogado no Grêmio

“Acho que tem um significado especial pelo momento que o clube atravessava. Tínhamos que retomar esse caminho das conquistas. Como eu estou no Grêmio há bastante tempo, vi de perto esse período sem títulos. Então, eu sei o que representa para o torcedor que vinha querendo isso. Venho atuando como titular desde 2014 e fiquei muito feliz com essa conquista”.

Volta natural aos grandes títulos

“Eu espero por isso. Nosso grupo está maduro e preparado para manter o nível de atuação que apresentamos nas fases decisivas da Copa do Brasil. Nossos enfrentamentos com Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG mostram que temos condições de pensar em resultados positivos no futuro. Claro que é preciso ajustar algumas coisas, mas temos uma base que nos deixa confiantes”.

Permanência e projeção para 2017

“Espero um 2017 muito bom. Que a gente consiga manter esse ambiente positivo entre os gremistas. Meu contrato com o Grêmio vai até 2020 e agora quero curtir essa conquista importante em 2016. Espero que isso sirva de impulso para 2017”.

Importância de Renato na conquista

“Renato é um treinador que mantém o ambiente sempre muito positivo e com muita confiança. Acho que ele tem um peso importante, pela mobilização que trouxe em tão curto espaço de tempo e pela rapidez como transmitiu suas ideias táticas. Mas não podemos deixar de citar o bom trabalho que o Roger vinha desempenhando”.

Momento para destacar no título

“Eu cito dois momentos especiais para mim: a decisão por pênaltis contra o Atlético-PR e a defesa no primeiro tempo do jogo de ida da final, lá no Mineirão. Foram situações que poderiam ter mudado nossa trajetória na competição”.

Gol de Cazares na Arena

“Foi um belo gol. Eu cobrei a falta e estava voltando para o gol, mas o contra-ataque foi muito rápido. Aí entrou em cena a qualidade do Cazares, que pegou muito bem na bola e fez aquele golaço”.

Rebaixamento do Inter ajuda o Grêmio

“Esse é um tema delicado porque a rivalidade aqui no Rio Grande do Sul é muito grande. Posso falar da nossa conquista porque ela sim traz uma tranquilidade maior para todos”.

Marcelo Grohe tem mais de 300 jogos disputados pelo Grêmio.