Sem “Revolução”, Rússia cumpre seu papel na abertura da Copa
Alexandre Praetzel
Nos bate-papos e projeções de “bolões” da Copa do Mundo, cansei de ouvir que a Rússia não passa da primeira fase. As alegações de um time fraco, sem tradição e mal nos amistosos, foram os principais argumentos. Sempre caminhei do lado contrário e acho que a Rússia estará nas oitavas-de-final. A goleada de 5 a 0 sobre a Arábia Saudita, foi construída com um futebol eficiente e produtivo. Nada de técnica ou brilhantismo e nenhuma “revolução” tática. Óbvio que a Arábia Saudita é fraca, mas há seleções que não conseguem placares elásticos, mesmo enfrentando adversários piores. Mário Fernandes, lateral brasileiro naturalizado russo, teria lugar na lista de convocados do Brasil.
A estreia dos donos da casa sempre é aguardada com expectativa. O temor de um vexame passou rápido, quando a Rússia fez 2 a 0, sem problemas, no primeiro tempo. A tensão deu lugar a uma tranquilidade inesperada, unindo a torcida e os jogadores. Escore amplo e importantíssimo num provável desempate por saldo de gols, para definir os classificados.
Agora, a Rússia terá Egito e Uruguai. Acho que vence os egípcios e decide o primeiro lugar com os uruguaios.
Como brincadeira, comparei a Arábia Saudita, toda de verde, com a Chapecoense, transportando para o futebol brasileiro. E Apodi, Eli Carlos, Arthur Kaíque e Wellington Paulista seriam titulares da Arábia, se fossem naturalizados. A Arábia estreia com nova goleada, depois de ter levado 8 a 0 da Alemanha, em 2002. A passagem de volta já está marcada.