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Elias confia na ascensão do Galo e acha que é destino não perder para o SP
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Alexandre Praetzel

O Atlético-MG conseguiu a primeira vitória fora de casa, no Brasileiro, e espantou um princípio de crise, com o mau início de competição. O time chegou apenas aos nove pontos em 24 disputados, com aproveitamento de 37,5%. Números bem distantes da capacidade técnica do elenco do Galo. O blog entrevistou o meia Elias, com exclusividade, a respeito das causas do baixo rendimento, a capacidade de reação do grupo e a “sina” de sempre conseguir bons resultados contra o São Paulo. Acompanhem.

Alguma causa principal para o início instável no Brasileiro?

“Acho que, se for analisar friamente, os jogos que a gente fez, não foram assim ruins, não foram para perder. Acho que apenas o do Vitória, a gente jogou muito abaixo, nível de competição foi muito abaixo daquilo que a gente apresentou contra o São Paulo. No Brasileiro, você não pode se dar ao luxo de jogar bem e não vencer. Tem que jogar bem e vencer. É um campeonato muito difícil, mas a gente espera recuperar. Que seja esse ponto de partida para que a gente possa recuperar os pontos perdidos. A gente sabe que pode fazer falta lá na frente, mas essa posição é muito incômoda e a gente sabe que, pela qualidade e pelo empenho que a gente tem nos treinamentos, não merece estar lá”.

O time do Atlético parece mais afeito a mata-matas do que pontos corridos?

“Eu acho que a gente vem sentindo bastante a sequência de jogos. A gente ficou um período no Campeonato Mineiro, jogando só de domingo a domingo e depois mudou drasticamente, jogando quarta e domingo, numa sequência de três a cinco semanas. Eu mesmo fiz 14 jogos seguidos. O Fábio Santos fez 16 e a gente acabou perdendo alguns jogadores principais no nosso time, caso do Fred, que fez falta neste domingo. Só que a gente tem um elenco forte. A gente sabe, com todo o respeito às equipes que a gente perdeu, Vitória e Atlético-PR, mesmo jogando com a equipe modificada, a gente sabia que tinha que vencer, que dava para vencer. Quem quer brigar por título, tem que ir fora e vencer, como a gente veio ao Morumbi e conseguimos uma grande vitória”.

Você não costuma perder para o São Paulo. Alguma explicação especial ou parece destino?

“Acho que é do destino. Igual eu falo, concentração e minha dedicação nos jogos, são sempre as mesmas, independentemente dos adversários. As vezes, um adversário menor, você perde um pouco de concentração, mas a gente tenta se dedicar o máximo. Sei lá, com o São Paulo é uma coisa especial, como o Pelé era com o Corinthians, e assim vai. Fico feliz que consigo ter muito mais vitórias que derrotas. Se não me engano, só perdi uma vez para o São Paulo, pela Libertadores. Espero que isso aí se mantenha até o final da minha carreira, que já começa a caminhar para o fim e espero continuar mantendo esse tabu, se é que eu posso dizer, contra o São Paulo”.

Ainda projetas convocações para a Seleção, um ano antes da Copa do Mundo?

“Sim, acho que conhecendo o Tite, sabendo da forma que ele trabalha, seu jogador que está sendo selecionado, esteja atuando em alto nível, esteja num nível de competição alto. Ele cobra isso nos treinamentos, nos jogos. As vezes, muita coisa pode acontecer. Falta um ano. A distância para a Copa do Mundo vai diminuindo as chances daqueles que estão fora das listas, têm que ser chamados. Então, espero continuar mantendo meu nível aqui e quem sabe, um dia possa voltar à Seleção e se manter até a Copa do Mundo”.

O Atlético-MG está na 15ª colocação. O time enfrenta o Sport, quarta-feira, em Belo Horizonte, e depois pega a Chapecoense, em Chapecó, domingo.


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